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Foto do escritorLais Amaral Jr.

31 de outubro é o Dia do Saci. Viva o moleque brasileiro!!


Ontem, dia 31 de outubro, foi o Dia do Saci. É bem provável que nos cursos de inglês e em algumas escolas com dirigentes que se consideram moderninhos, tenha se comemorado o Halloween, o Dia das Bruxas. Assim mesmo, em inglês. Até acho que o Saci perde essa parada. O Halloween norte-americano é muito mais divulgado e praticamente aceito como integrante do nosso folclore. Nada contra as bruxas. Até curto muito elas, mas o Saci é nosso. Tratá-lo com indiferença contribui para enfraquecer a cultura popular e banalizar nossa identidade.

Quando criança e apaixonado por revistas em quadrinhos, curti muito a ‘Turma do Pererê’, uma bolação genial e revolucionária do grande Ziraldo. Que por sinal completou 91 anos semana passada. Ziraldo chegou a mim antes de Monteiro Lobato que já colocara mais cedo o saci no seu famoso sítio. Na verdade, eu conhecera o Saci antes do Ziraldo e de Monteiro Lobato. Foi minha avó que falou do ‘moleque arteiro’ e, quando deparávamos com algum redemoinho levantando poeira, sabíamos que o Saci estava ali dentro. Minha avó jamais mentiria pra gente. Meu primeiro contato mais próximo com o personagem foi há cerca de quinze anos quando fui a trabalho ao município paulista de São Luiz do Paraitinga. Lá tomei conhecimento de uma instituição curiosa, a Sosaci – Sociedade de Observadores de Saci. Gostei muito e passei seguir suas pegadas inconfundíveis. Vi documentários sobre o tema, com depoimentos de pessoas afiançando terem visto o pretinho zombeteiro pelas matas. Publiquei um soneto num livro de poesia em 2011, uma referência ao personagem. Não satisfeito, anos depois fiz um samba baseado nesse soneto. Samba que me aproximou de vários sacizeiros.

Falando em São Luiz, começou no dia 27 passado e segue até este domingo, dia 5, mais uma Festa do Saci. A 21ª edição do evento que conta com uma série de atividades artísticas, culturais, sociais, esportivas. Nos dois finais de semana. Tem até uma Expedição em busca do Saci. Sensacional. É fácil chegar. De Taubaté até lá é um pulo. De Saci.

Mas não é só em São Luiz do Paraitinga que encontramos rastros desse apaixonante personagem. Dei uma googleada e encontrei outros locais. Botucatu, por exemplo, a cerca de 200 km da capital paulista, é considerada a Cidade dos Criadores de Sacis. É lá que está a sede da Associação Nacional dos Criadores de Saci.


Futucando o Site

https://colecionadordesacis.com.br descobri que a ideia do ‘Dia’ surgiu em 2003 quando o deputado Aldo Rebelo propôs um projeto de lei defendendo a celebração de figuras do nosso folclore em vez dos estrangeiros. O projeto não deu em nada, mas a ideia se espalhou e hoje até parece que há lei estadual instituindo data.

O jornalista Andriolli Costa, vi no Site, garante que o Saci morre ao completar 77 anos e vira ‘orelha de pau’. E passa a ser o ouvido do mundo. Há no Site mais referências sobre o tema contadas pelo jornalista e escritor. Dia desses, canto meu samba pra vocês. Por enquanto, segue o meu soneto. E viva o 31 de Outubro. Viva o Saci!!


(Gravação à capela, do autor)

“Vaza vento ventania Corrupio num lampejo Na corrida ainda assobia De galhofa, de gracejo Mão furada e uma perna Roda no redemoinho Bate as asas na baderna É Matita o passarinho Solta bicho, ri do homem Monta mula, lobisomem Olhos rubros estopim O moleque zombeteiro É o sarnento brasileiro Faz xixi no halloween” (

31 de Outubro – do livro: Água de Passarinho)


 

A cultura e o folclore desempenham um papel fundamental

no desenvolvimento de pessoas e comunidades.


Eles oferecem um rico conjunto de tradições, histórias e expressões artísticas que moldam indivíduos e sociedades. Ao preservar o patrimônio cultural e promover um senso de identidade, a cultura infunde orgulho e pertencimento, fomentando a união e a coesão social. Além disso, ela estimula a criatividade, o pensamento crítico e a empatia, fundamentais para o crescimento pessoal e o bem-estar comunitário. O folclore, em particular, transmite valiosas lições de vida e ética por meio de seus contos e lendas, auxiliando na transmissão de valores de geração em geração.




A Cedro Rosa Digital, uma plataforma pioneira, está revolucionando a música independente em todo o mundo. Ao proporcionar aos artistas um palco acessível e global, ela permite que o talento floresça. Por meio da distribuição digital, promoção e engajamento com a comunidade, ela capacita músicos a alcançar públicos mais amplos e a colaborar além das fronteiras.




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