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Foto do escritorPaulo Eduardo Ribeiro

E se...



E se eu gostasse de ler?

Talvez eu lesse “Nós” do russo Ievguêni Zamiátin, ou “Admirável Mundo Novo” do Inglês Aldous Huxley, ou quem sabe “1984 ou A Revollução dos Bichos” do indiano (sim ele nasceu em Bengala na Índia em 1903) George Orwell, acredite em mim pequeno gafanhoto, no mínimo sua mente se abriria para tantas coisas que acontecem no mundo atualmente, mas talvez você ainda não tenha se dado conta disso;

E se eu ganhasse na loteria?


Talvez eu não cometesse os mesmos erros de tantas pessoas que tiveram a sorte de ficar milionárias, mas convenhamos que provavelmente seja muito mais fácil chegar a conclusões quando trabalhamos no campo das hipóteses, julgamentos nem sempre são as melhores alternativas, não verdade nem deveria ser considerada uma alternativa, no entanto somos mestres em fazer isso diariamente;


E se as pessoas fossem mais criteriosas com as informações?

Acredito o mundo seria muito melhor, mais humano, muito mais justo, teríamos muito menos pessoas propensas a mentir, enganar, manipular;


E se eu pudesse aprender outro idioma?

Eu posso! Mas então por que sempre deixo para depois, nunca entendo isso como importante ou como prioridade, quantas vezes comecei, quantas outras desisti, culpei o método, culpei o professor, culpei a falta de tempo, quantas vezes ignorei ou me esqueci de culpar minha falta de comprometimento;


E se eu pudesse ter mais tempo para mim?

Também posso, me organizando melhor, estabelecendo melhor minhas prioridades, entendendo que muitas coisas que faço hoje poderiam ser feitas outra hora, outro dia, outro mês, talvez nem precisassem ser feitas;


E se eu tivesse um bichinho de estimação?

Quem sabe eu seria uma pessoa melhor, talvez aprendesse o real significado da palavra amor, o ato de amar sem pedir nada em troca... Com certeza eu cuidaria dele na fase inicial de sua vida e me desdobraria para continuar fazendo isso em sua velhice quando ele mais precisasse de mim;

E se meus pais ainda estivessem por aqui?


Eu tentaria ser um filho melhor, mais presente, mas paciente, mais amoroso, mais tolerante, com mais tempo para eles, ouviria mais, aprenderia mais, reclamaria menos;

E se não houvesse mais segundas feiras?


Provavelmente reclamaríamos da terça, da quarta... Impressionante a capacidade que algumas pessoas têm de se apegar ao que não é bom ao invés de celebrar tanta coisa maravilhosa que acontece ou está disponível a nossa volta;

E se o preço da gasolina disparasse?


Eu teria que sair da minha zona de conforto, fazer o que grande parte da população faz e encarar o transporte público precário que dispomos, ter que sair mais cedo, fatalmente chegar mais tarde, sem conforto, sem ar condicionado, sentido dor, com fome, com medo do motorista imprudente ao volante, com medo do passageiro imprudente sem máscara;


E se eu for infectado?

Vou torcer para que seja leve, torcer para não ser internado, se for inevitável que eu não precise ser intubado, agradecer por ter tomado a vacina, agradecer por ter tido vacina apesar de tantos desencontros de tanta demora;

E se eu for demitido?


Vou tentar me refazer o mais rápido possível, me reinventar, reorganizar minha rotina, entender que o mundo mudou e que eu também preciso mudar, seja na forma de encarar que talvez eu precise de reciclagem, seja no entendimento que as formas de buscar emprego também precisam ser recicladas;

E se eu perder a fé?


Não, isso não vai acontecer, mas se por um segundo apenas eu perceber que isso pode acontecer basta eu me lembrar dos ensinamentos da minha mãe, basta eu me lembrar da minha mãe;

E se eu não puder mais ouvir música?

Simples, eu canto;

E se não tiver mais poesia?

A gente faz;

E se o amor acabar?

A gente inventa outra vez.

E se um dia te convidarem para escrever para alguma revista ou algo parecido?


Bom, se isso acontecer tente ajudar as pessoas produzindo textos que as façam entender que a mudança é inerente ao ser humano, mas que para ela acontecer somos nós que precisamos mudar... É o que eu tento fazer.


Leia mais Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!


 


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