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Foto do escritorPaulo Eduardo Ribeiro

A justiça tarda, mas não...




- Bom dia Alberto, caiu da cama, não me lembro nesses quase dez anos em que trabalhamos juntos de você ter chegado antes de mim, aconteceu alguma coisa meu amigo?

Bom dia Nélson eu tive uma noite ruim, dificuldade pra dormir, dor de estômago, estou assim desde que o chefe novo resolveu que o projeto que desenvolvi e que será apresentado para a diretoria é “nosso”, na verdade mais dele do que meu.


- Nem me fala Alberto, é muita injustiça, o cara nem chegou direito aqui na empresa e já está mostrando o corvo que ele é, chega a ser surreal a cara de pau dele.

O pior é que não é a primeira vez que isso acontece, não deve ser diferente contigo Nélson, os caras se apropriam na maior cara de pau de coisas que não lhes pertence e capitalizam em cima como se fosse deles, e quer saber, ficam impunes.

- Parece até que você tá falando de políticos Alberto.


Ah meu amigo, com eles não é muito diferente né? Somos enganados desde que Cabral aportou por aqui, se lembra da música, “nos deram espelhos e vimos o mundo doente”?

- Agora que você tá falando começo e pensar em tantas situações em que pessoas agem sem o menor pudor, mentem, roubam, e nada acontece, essa sensação de que algumas pessoas nunca serão punidas por seus erros, por seus crimes é assustadora.

Mas é exatamente por isso que a gente vê ano após ano uma cambada de gente sem escrúpulos se perpetuando no poder.

- Agora você está falando de políticos né?


Também Nélson, mas olha a realidade das empresas, falam tanto em meritocracia, mas o que isso quer dizer exatamente? Quais são os critérios que definem o mérito?

Você se lembra do Osvaldo? Foi promovido com o discurso de que ele era um excelente colaborador, que nunca havia faltado e que por isso estava sendo promovido, mas nós dois sabemos muito bem que ele não tinha as competências mínimas para exercer aquele cargo.

- Você falando assim Alberto me deixa confuso, não consigo diferenciar se você está falando apenas de cargos em empresas ou de cargos públicos também.


Ah Nélson, para mim a lógica é a mesma, a diferença é que para os cargos públicos os critérios são outros, ou as pessoas conseguem a vaga mediante concurso público ou pelo voto... ah, existem os cargos de confiança comissionados também, aqueles que abrem brechas para mais falcatruas, você viu o noticiário falando sobre isso né?

- Verdade, se falou muito sobre isso nos últimos meses, é impressionante como eles negam veementemente mesmo com um monte de evidências. Minha finada mãe falava que na justiça dos homens não se deve confiar, mas que a justiça Divina é implacável, como é mesmo aquele ditado que ela sempre falava pra gente, a “justiça tarda, mas não...”, não consigo me lembrar da última palavra.


Acho que já ouvi esse ditado Nélson, bom, minha família nunca foi tão religiosa quanto a sua e mesmo assim me lembro de ter ouvido algo parecido, talvez da minha mãe também, enfim.

- A apresentação do projeto para diretoria é quando Alberto?

Ontem antes de eu ir embora o chefe me pediu para estar preparado porque poderia ser a qualquer momento.

- E tá tudo tranquilo?


Claro, estou desenvolvendo as ideias há bastante tempo, está tudo aqui na minha cabeça.

- Mas você acha que o chefe vai querer “cortar a fita” sozinho e não te levar?

Acho pouco provável que isso aconteça, ele não é ingênuo, ele vai capitalizar, mas sabe que precisa de mim para explicar os detalhes mais técnicos e que ele não tem a menor condição de explicar sem mim.

- Capaz de ele ficar com os louros da fama no final das contas, ai o tempo passa, as coisas caminham, e ninguém mais vai se lembrar de como foi que aconteceu, olha a impunidade que estamos falando aí de novo Alberto.


E você tem alguma dúvida disso meu amigo, essas pessoas contam com isso.

- Muda de assunto porque o assunto chegou.

“Olha o meu garoto Alberto aí... Deixa só eu tomar um café e ler algumas mensagens que já te chamo. Hoje será um dia especial meu amigo, vamos mostrar “nosso” projeto para a diretoria, não é sensacional?”

Acho que me lembrei do ditado Nélson, aquele que sua mãe costumava te falar, aqui no Brasil com certeza é A JUSTIÇA TARDA, MAS NÃO CHEGA!


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!


 

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