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AGIR AGORA


José Luiz Alquéres, engenheiro

 

Em 1687, Isaac Newton publicou seu livro Principia Mathematica, que apresentava as quatro leis que regem os movimentos dos corpos na Terra e no espaço. Embora superadas pela física quântica no início do século XX, elas expressam, com aproximação notável, os fenômenos físicos para os quais formulam suas hipóteses, dentre as quais a Lei da Gravidade.

 

Uma das leis tem como enunciado: “toda ação provoca uma reação de igual intensidade e sentido contrário”. Seria bom que esta lei também se aplicasse no tocante às consequências sociais dos recentes desastres ambientais. Ou seja, eles provocassem uma reação tão grande quanto os seus nefastos efeitos.

 

No Rio Grande do Sul temos uma imagem do porquê isso não acontece. Ao invés de focar no drama humano, a mídia mais destaca a viagem de trinta cachorrinhos em um voo especial da FAB, articulado pela primeira-dama, para serem adotados por famílias brasilienses, que suspeito devam ser de ministros, puxa-sacos e outros próximos ao círculo do poder, que não deixarão passar essa oportunidade de estreitar laços com quem manda.

 

Nem tudo está perdido e a mesma mídia divulga hoje o projeto estadual Rio Inclusivo e Sustentável, que será realizado em parceria com a ONU Habitat, com investimento estadual de US$ 1,3 milhão, uma merreca por sinal. Essa importância vai se dividir entre nove municípios no Estado do Rio de Janeiro, sendo três na Baixada Fluminense, três na Região Serrana, incluindo Petrópolis, e três na Costa Verde.

 

A tragédia no Rio Grande do Sul, se contabilizado apenas o custo de reposição de bens e propriedades físicas, se levará a algo na casa dos R$ 100 bilhões, aí incluídas apenas as obras mais essenciais de recuperação. É incomensurável, no entanto, o custo do sofrimento humano e das sequelas que o desastre provocará por gerações. Conclui-se rapidamente que o Estado do Rio aplicará na prevenção de desastres, que o acaso infligiu no Rio Grande do Sul e não no Rio de Janeiro, quinze mil vezes menos recursos do que as estimativas preliminares dos prejuízos na tragédia gaúcha.

 

Essas considerações mostram que a população brasileira ainda não se articulou devidamente nem para ser proativa em evitar tragédias semelhantes e menos ainda a encarar, com seriedade, a reação que as ditas tragédias deveriam provocar na forma de mobilização da sociedade e cobrança dos governos de providências eficazes.

 

A mãe de todas as providências é a imprescindível criação de uma política de gestão territorial, que discipline as ocupações urbanas, eliminando as habitações em áreas de risco, viabilizando os deslocamentos físicos em quaisquer situações anômalas que o clima ou os mares possam vir a provocar e proteger as atividades produtivas que são sustento à população.

 

Muito dos afetados pelos desastres atuais no Rio Grande do Sul e recentes em Petrópolis são descendentes de famílias que vieram para o Brasil após as terríveis inundações no vale do Rio Po, no Veneto, na Itália. Essa inundação ocorrida há cento e cinquenta anos exterminou muitas cidades daquela região, cujos moradores vieram se estabelecer em nosso país e aqui contribuíram para o nosso desenvolvimento.  Seus bisnetos ainda repetem histórias, ouvidas em família, da coragem e do sofrimento dos seus antepassados. É triste ver a situação se repetir, como se as antigas lições para nada tenham servido.

 

A prioridade, portanto, é a criação de uma consciência na sociedade, uma mudança de mentalidade que a faça compreender que eventos como esse não são mais fatalidades inevitáveis. Eles são consequências das atitudes humanas sobre a natureza, o desprezo com que os alertas da boa ciência sobre a frequência de eventos extremos, a incompetência, ignorância e falta de sensibilidade das autoridades públicas e a efêmera duração da indignação geral em relação às tragédias.

 

O desastre no Rio Grande do Sul tirou das manchetes o show da Madonna, a guerra de Israel contra o Hamas, a invasão da Ucrânia pela Rússia e inúmeras outras situações que o sensacionalismo midiático promove. Que não se perca a oportunidade para que ela provoque um despertar da população para a urgência da adoção de uma profunda mudança nos nossos hábitos de vida e compaixão pelas multidões de menos favorecidos.



 

Economia Cultural, Tecnologia e Desenvolvimento Sociocultural: Uma Sinfonia de Possibilidades


No cenário contemporâneo, a interseção entre economia cultural, tecnologia e desenvolvimento sociocultural desenha um horizonte repleto de oportunidades.



À medida que as fronteiras entre esses domínios se dissolvem, emergem novos modelos de negócios que não só impulsionam o crescimento econômico, mas também nutrem a criatividade e fortalecem identidades culturais.




A Cedro Rosa Digital, uma plataforma inovadora no universo da música, exemplifica esse fenômeno. Ao proporcionar ferramentas acessíveis e abrangentes para músicos independentes, ela democratiza a produção musical, ampliando o alcance de artistas e diversificando o panorama sonoro. Além disso, ao conectar talentos locais com públicos globais, a Cedro Rosa não apenas gera renda, mas também promove o intercâmbio cultural, enriquecendo as experiências auditivas de comunidades ao redor do mundo.




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Ao fomentar uma cultura de inovação e colaboração, o CRIATIVOS! não apenas gera empregos e renda, mas também alimenta um ecossistema onde a expressão artística floresce e prospera.

Assim, nessa sinfonia de economia cultural, tecnologia e desenvolvimento sociocultural, empresas como a Cedro Rosa Digital e o portal CRIATIVOS! desempenham papéis vitais, harmonizando interesses comerciais com aspirações culturais e sociais, e criando um futuro onde a criatividade é a moeda mais valiosa.

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