Augusto e Marcel levam Zé Kéti a um pedaço da Finlândia
Fim de semana passado, tomei café da manhã com uma dupla de virtuoses: o cantor Augusto Martins e o violonista Marcel Powell. Também estavam à mesa, suas simpáticas esposas, Cláudia e Karla, respectivamente. Na verdade, tomei apenas uma xícara de café puro e, mais sorvi a companhia de dois admiráveis e admirados artistas. O encontro foi sábado no hotel Pequena Suécia, na ex-colônia finlandesa do Penedo, Sul Fluminense. A dupla se apresentara na véspera e voltaria naquela noite ao palco do Jazz Village Bistrô, o consagrado espaço do hotel dedicado à música e a um bom ‘comes e bebes’. O Jazz Village, aberto não só aos hóspedes, é dos principais redutos musicais da região.
No papo, quase um consenso sobre o valor do café da manhã. Para mim a mais importante refeição do dia. Também para Marcell que em meio à conversa serviu-se de mais iogurte com granola e, admitiu que pode estar onde for, que aproveita o café da manhã. Mesmo que vá dormir tarde, acorda para o café e volta pra cama. O ovo foi outra vedete elogiada pela maioria na mesa. Augusto Martins promoveu o pão com ovo ao nível de iguaria. Apoiei.
Conheço os dois artistas já de algum tempo. Fui apresentado pelo ator André Whately que contou algumas vezes com eles no espetáculo poético, teatral, musical: ‘Vinícius de Moraes é... demais’, que está em cartaz há 30 anos, ou quase isso. André é ator, diretor e mentor do longevo espetáculo que conta casos da vida e da obra do poeta com seus principais parceiros musicais: Tom, Baden, Carlinhos Lyra e Toquinho. Assisti mais de uma dezena de vezes e certamente assistirei outras edições. Há sempre novidades introduzidas pelo André, além da participação de músicos e cantores de porte e talhe diferentes, o que empresta um matiz diferenciado ao espetáculo.
Ouça essa Roda de samba na Spotify!
Deixamos a mesa porque era hora de o pessoal do hotel arrumar a casa. Na varanda rolou mais um pouco de papo. Elogiamos Marcelo Menezes, fiquei sabendo que Marcel fará show com Armandinho em março e que Paulo Cesar Pinheiro conheceu quase todos os parceiros pelas mãos do pai de Marcel, o monumento chamado Baden Powell. A dupla é boa de papo, mas teria que descansar e se preparar para o show daquela noite. Respeitei e rapei fora.
Augusto Martins é um sujeito fantástico. Graduado em medicina, jogou-se de corpo e alma no mundo da música. A sua vida. Também compõe, mas, na minha opinião, é cantando que se aproxima mais do olimpo musical. Eu o vejo como um dos principais intérpretes da MPB na atualidade. Depois que o destino desativou Emílio Santiago do nosso convívio, a lacuna não parece hoje tão vazia como antes. Tá certo que Augusto tem um pendor pelo samba mais acentuado que o saudoso Emílio, mas isso não muda seu status. E a voz grave, polida, bem colocada, nos chega de um jeito confortável, sem solavancos. Bom de ouvir. Atributos de um intérprete da prateleira de cima. Não exagero.
Fora tudo isso, percebemos em sua trajetória o artista comprometido que assume com consciência, a trincheira da resistência dos valores da nossa música. E assim seguem álbuns e shows de Bossa Nova, nas asas de Tom Jobim com Paulo Malaguti Pauleira, do samba primordial de Ismael Silva, em dupla com Cláudio Jorge, da recente e belíssima homenagem a seu mestre Aldir Blanc, também com Pauleira. E apresentações com outros grandes nomes. A visita à obra do majestoso Zé Kéti com Marcel Powell já está consagrada e consolidada. Vai continuar na estrada. E nem falei do elogiável pandeirista que Augusto é.
Luiz Melodia cantando Mário Lago e Custódio Mesquita, no Youtube!
E o que falar de Marcel Powell. Caramba! O cara tem um sobrenome com toneladas de peso. E isso, embora pareça contraditório, é bom, mas poderia ser um obstáculo. Claro que ajuda a abrir portas. Mas pra que isso se efetive, meu amigo, você tem de ser muito mais do que bom. Tem que ser excelente. E Marcel Powell não desaponta o nome e a herança musical que carrega. Uma estirpe que eleva ao topo o prestígio do músico brasileiro. Grande Marcel. Irretocável.
Por isso amigo, se você deparar com a propaganda da apresentação de Augusto Martins e Marcel Powell em Violão, Voz e Zé Kéti, não hesite, vá. Você vai entender que até as tragédias cotidianas desses tempos ruins, não tem a força de nos mortificar. A vida tem outra face. Vá e veja que há uma alternativa de beleza, não alienada. Apesar de tantas fraldes e dissabores. Há um conforto. Você, feliz, irá aplaudir.
“Se alguém perguntar por mim/ Diz que fui por aí
Levando um violão embaixo do braço / Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro / E se houver motivo
É mais um samba que faço / Se quiserem saber, se volto diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim”(Diz que fui por aí – Hortênsia/Zé Kéti)
Samba!
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