Augusto Martins e Cláudio Jorge cantam joias de Luiz Carlos da Vila. E Mart’nália encerra: “Valeu Zumbi!”
Há uns quinze dias, matei um pouco das saudades do Rio. Dei uma perambulada ligeira pelo Centro. Adoro. A motivação foi o show do Augusto Martins com o Cláudio Jorge, no Teatro Rival: Coisas guardadas pra te dar, Luiz Carlos da Vila - inédito. Fomos, eu, Ricardo Ferrugem Paiva, André Whately - ao volante e, seu filho, Tiago, de copiloto. André me apresentou o Augusto há alguns anos, ficamos próximos. E eles dois já estiveram juntos no palco algumas vezes.
Embora Resende esteja a cerca de 160 quilômetros do Rio, com as obras de recuperação de trechos da Via Dutra e a ampliação das pistas na altura da Serra das Araras (e um e outro acidente), a viagem até à capital tem sido longa e cansativa. Retenções e insistentes engarrafamentos. E eu, ansioso para desengarrafar. Enfim, chegamos e fomos para o hotel que André reservara, na Lapa. Nos aprontamos e saímos, com uma antecedência suficiente que justificasse uma paradinha para uns comes e bebes.
Logo nos primeiros passos na Joaquim Silva, Ricardo nomeou o jovem Tiago como o “segurança” do grupo. E lá fomos, os três velhos - embora Ricardo ainda seja um madurão - comandados por um jovem. Tiago é universitário de Biologia e vem se especializando na observação de primatas. E já entende um pouco da vida de Muriquis, Bugios e outros. Ele satisfez uma curiosidade minha, a de que esses nossos ancestrais também ficam barrigudos com a idade. Fácil de compreender seu desembaraço no cuidado conosco, velhos primatas.
Mas vamos ao show, uma belíssima homenagem que Augusto Martins e Cláudio Jorge, com a direção Hugo Sukman, prestam a esse compositor sensível e talentosíssimo que foi Luiz Carlos da Vila. Luiz foi embora muito antes do combinado, como diria o também saudoso Boldrim. O repertório do espetáculo prometia inéditas, como o título adiantava, mas certamente o público esperava ser brindado por uma e outra joia do mestre da Vila da Penha. E assim se deu.
O grande público que ocupou as dependências do charmoso Rival, se emocionou algumas vezes. A emoção estava no script da noite. Juntamente com a arte e o profissionalismo das estrelas. Augusto Martins é um intérprete da mais alta prateleira da nossa música e vive, certamente, um grande momento de sua carreira. Maduro. Inteiro. O que não impediu que se emocionasse algumas vezes. Nem poderia ser diferente, já que ele vive o que canta.
Cláudio Jorge é madeira de lei no samba. Com décadas de estrada, engrandece e tem o dom de nobilizar o evento que seja. O experimentado jornalista, escritor, crítico musical e de cinema, Hugo Sukman autor de livros sobre grandes nomes da nossa música, além de dirigir, também teve uma participação, lendo um texto belíssimo. A cozinha contou com ótimos percussionistas e na beirada do palco, uma notável e atenta intérprete de Libras.
E a constelação não se limitava ao palco. A plateia também era qualificada. Estavam lá, entre outros reluzentes, a atriz Beth Mendes, da qual sou fã de carteirinha, desde os tempos do Beto Rockfeller, e um sambista, que incluo na estante dos muito bons, Didu Nogueira, do qual também sou um grande admirador.
Para bagunçar de vez nosso já animado, encantado e feliz estado de espírito, sobe ao palco, a estrelíssima, Mart'nália. Recorrendo ao usado clichê, "para fechar com chave de ouro", a noite de boa música, interação total e fortes emoções. E ela encerrou com o samba enredo histórico da Vila, campeã em 1988: Kizomba, festa da raça, que tem entre os autores, Luiz Carlos da Vila. Valeu Mart'nália!
Realmente uma noite digna de grandes noites da Cidade Maravilhosa. E ainda teve como epilogo, confraternização no Vermelhinho. Os primatas voltaram felizes, flutuando.
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