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Foto do escritorCarlos Fernando Gross

Semana decisiva



Carlos Fernando Gross

Política no Brasil é coisa séria e levada com seriedade pelos protagonistas responsáveis.

Não existem coincidências nos acontecimentos da semana passada. É como se houvesse um maestro regendo a orquestra; os fatos se sucederam em cadência sincopada.


Começa com o robusto manifesto de 500 assinaturas de economistas e banqueiros todos ou amigos ou colegas de academia do ministro Paulo Guedes.


Terça feira uma reunião no Planalto com os presidentes dos poderes da república, governadores e ministros.


Em entrevista à imprensa depois desta reunião o presidente do Senado e seus dois metros de altura disse que o congresso iria liderar o combate a pandemia e que estava terminado o período de irresponsabilidade.


Não muito tempo depois o presidente da Câmara dos deputados fez um pronunciamento contundente e ameaçador contra o executivo dizendo que as consequências da omissão poderiam ser fatais se não houvesse coerência.


O vice-presidente Mourão fala a imprensa acusa Bolsonaro de ser responsável pela situação e que 3.000 mortes diárias eram inaceitáveis.


Anunciado na terça e sumido do noticiário da semana uma reunião, no mesmo dia, entre o presidente, o ministro de defesa e os comandantes das três forças militares. O que debateram?


O presidente convocou a reunião ou foi convocado?

Bolsonaro colocado de lado será obrigado a trocar o ministro olavista Ernesto Araújo e sua política externa absurda bem como o secretário de gesto estranho no Senado.

Na televisão o presidente estava claramente perdido.


Semaninha supimpa.


Foi dado um golpe branco, nada a ver com a supremacia branca; o presidente manda cada vez menos.

Quem comandou este sacolejo? O vice Mourão ou o General Pujol?


Mas a demissão humilhante do general Pazuello foi o estopim da revolta.


Só Deus me tira a presidência disse o presidente uma semana antes dos acontecimentos.

Estava bem informado.


Mudou o Brasil. Aleluia!


Carlos Fernando Gross, para CRIATIVOS!

 

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Chiquinho Neto, pianista


Hope, de Gerson Santos.




Outros Ventos, de Thiago Kobe



 

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