Carta Brasileira
Hoje amanheci com sonhos de magias e milagres.
Impossíveis?
Sei lá.
Se ainda fosse criança, diria que não.
Mas, como não sou, digo que o impossível é antevéspera do fato.
Queria muito poder conversar com cada pessoa dessa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde nasci e me criei, para tentar entender o que nos fez fazer o que fizemos com essa nossa "casa".
Onde foi exatamente que erramos?
Sim, erramos, porque não podemos nos eximir.
Tanto ódio.
Tanta violência.
Tanto desamor e tanto descaso com a dor de quem está do nosso lado.
Queria muito, também, conversar com cada pessoa desse Brasil brasileiro, onde nasci e me criei, e abrir o coração.
Tentar entender o que se passa no coração de cada uma delas.
Entender a razão de termos aceitado filosofias de vida tão mesquinhas como "quanto pior, melhor", ou termos abraçado a inveja e a mentira com tanta facilidade.
Por quê e pra quê tanto medo?
Qual a explicação para compactuarmos com tanta injustiça, tanta deslealdade?
Como deixamos "nossa casa" virar essa bagunça?
E não há como negar nossa responsabilidade.
Somos parte dessa Nação.
Cada pequeno gesto (feito ou não feito), qualquer alienação, tudo gera consequências.
Para o bem ou para o mal.
Efeito dominó, como aprendemos desde a infância.
Não, de jeito nenhum quero que essa CARTA BRASILEIRA soe como um discurso às massas, muito menos como uma daquelas mensagens melodramáticas tão ao gosto de "certos pessoais" hipócritas.
É só um devaneio numa manhã de domingo, enquanto penso também em como tornar mais suportável a convivência com essas diversas dores desgraçadas que parecem ter por único objetivo me sacanear.
É também a confiança de que, sim, nós podemos fazer muita coisa e, assim, reverter esses tempos difíceis que nos deram para viver.
É só começar.
E por falar em começar, já são quase dez horas da manhã.
Como já disse, é domingo.
E, aos domingos, sabemos muito bem, as restrições se amenizam.
Por isso mesmo, apesar do horário vou abrir aquela garrafa de vinho que deixei pra uma boa ocasião e começar a providenciar a tradicional "macarronada do sétimo dia", como chamava uma antiga namorada.
Vamos juntos pelo Brasil!
Tim Tim!
Até a próxima esquina.
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