COMPANHEIRA
Entrou no bar, pegou um chope dirigiu-se à mesa da turma.
Depois dos cumprimentos e dos habituais comentários e gozações sobre os resultados dos jogos da semana, sempre vinha a pergunta: “e essa bengala, quando larga”?
Pacientemente, esclarecia que ainda precisava de mais um tempo, a parestesia nas panturrilhas ainda incomodava. Ouvia um ah! geral, como se todos soubessem o que era. Bola pra frente, aproveitava para discorrer sobre a bengala, companheira insuperável de uns tempos pra cá.
Antes lembrou quando praticava capoeira e de jogava de futebol de praia com todos os movimentos das pernas em dia: um atleta. Na capoeira, meia-lua, armada, bênção... No futebol, corrida, cabeçada, drible, chute, gol... Hoje, porém, não podia largá-la, e por que não dizer, já não queria isso. Ela tornou-se uma companhia.
Na caminhada diária pelo calçadão, na ida ao mercado, ao encontro dos amigos, ao cinema e às saídas com Lucinha, ela o acompanhava e lhe dava segurança, tendo em vista a situação em que se encontram algumas calçadas de Copacabana.
Nela, colocou o escudo do tricolor e assim ficou identificado na rua. Nada de “ô da bengala”, mas, sim, “fala, tricolor”, “saudações”. Ela lhe abriu caminho para conversas com passantes do mesmo time e de times adversários, analisando o resultado dos jogos.
Em outras situações também lhe foi útil. Ao ser abordado por dois pivetes, ela se transformou em um objeto de defesa, colocando-os pra correr. Para atravessar rua sem sinal, ao verem a a presença em sua mão, recebia solidariedade e sempre alguém se oferecia para ajudar na travessia; : os carros paravam e os motoristas faziam sinal para que atravessasse.
Na roda de samba, cavaquinho de um lado, bengala do outro, as pessoas abriam passagem para que chegasse até a mesa e ocupasse o seu lugar cativo. Ela lhe dava equilíbrio, inclusive, para cantar em pé e ensaiar uns passinhos sem exagero.
Ao final da exposição, alguém a pegou, levantou como se faz com a taça de time campeão, sob aplausos ,e a turma desfilou pelo bar como um oco carnavalesco, cantando:
“A bengala me leva
A bengala me trás
Ela abre o caminho
E eu vou logo atrás.
(breque) Essa bengala é demais!
Ela fez a festa do bar.
Cedro Rosa Digital: Liderando o Crescimento Global da Música e da Economia Criativa
A Cedro Rosa Digital está se destacando no cenário global da música e da economia criativa ao certificar obras e gravações musicais, garantindo direitos autorais e o pagamento justo de royalties para criadores em todo o mundo. Com o apoio da EMBRAPII e do SEBRAE, a plataforma está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Campina Grande. Ela já conquistou reconhecimento internacional, sendo apresentada em importantes feiras como a GITEX e a FIHAV em 2023 e 2024. Esta iniciativa é crucial para a internacionalização da música brasileira, gerando empregos e renda para inúmeros profissionais.
A plataforma CRIATIVOS! —que há mais de quatro anos publica artigos de renomados jornalistas e cientistas—é outro pilar do impacto da Cedro Rosa. Produzida pela Cedro Rosa, ela funciona como um hub para líderes de pensamento nas áreas de cultura, ciência e artes. Além disso, a Cedro Rosa tem uma tradição sólida na gravação de música, produção de filmes e minisséries, consolidando seu papel como um ator chave nos setores criativo e cultural.
Essa abordagem multifacetada posiciona a Cedro Rosa Digital como uma força motriz na promoção da cultura brasileira globalmente, ao mesmo tempo em que avança a economia criativa por meio da inovação tecnológica e parcerias internacionais. Para saber mais sobre o CRIATIVOS! e as contribuições da Cedro Rosa, visite CRIATIVOS! e Cedro Rosa Digital.
Comments