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Foto do escritorPaulo Castro

 COMPANHEIRA




Entrou no bar, pegou um chope dirigiu-se à mesa da turma.


Depois dos cumprimentos e dos habituais comentários e gozações sobre os resultados dos jogos da semana, sempre vinha a pergunta: “e essa bengala, quando  larga”?


Pacientemente, esclarecia que ainda precisava de mais um tempo, a parestesia nas panturrilhas ainda incomodava. Ouvia um ah! geral, como se todos soubessem o que era. Bola pra frente, aproveitava para discorrer sobre a bengala, companheira insuperável de uns tempos pra cá.


Antes lembrou quando praticava capoeira e de jogava de futebol de praia com todos os movimentos das pernas em dia: um atleta. Na capoeira, meia-lua, armada, bênção... No futebol, corrida, cabeçada, drible, chute, gol... Hoje, porém, não podia largá-la, e por que não dizer, já não queria isso. Ela tornou-se uma companhia.  


Na caminhada diária pelo calçadão, na ida ao mercado,  ao encontro dos amigos, ao cinema e às  saídas com Lucinha, ela o acompanhava e lhe dava segurança, tendo em vista a situação em que se encontram algumas calçadas de Copacabana.


Nela, colocou o escudo do tricolor e assim ficou identificado na rua. Nada de “ô da bengala”, mas, sim, “fala, tricolor”, “saudações”. Ela lhe abriu caminho para conversas com passantes do mesmo time e de times adversários, analisando o resultado dos jogos. 


Em outras situações também lhe foi útil. Ao ser abordado por dois pivetes, ela se transformou em um objeto  de defesa, colocando-os pra correr. Para atravessar rua sem sinal, ao verem a a presença em sua mão,  recebia solidariedade  e sempre alguém se oferecia para ajudar na travessia; : os carros paravam e os motoristas faziam sinal para que atravessasse.   


Na roda de samba, cavaquinho de um lado, bengala do outro, as pessoas abriam passagem para que chegasse até a mesa e ocupasse o seu lugar cativo. Ela lhe dava equilíbrio, inclusive, para cantar em pé e ensaiar uns passinhos sem exagero.


Ao final da exposição, alguém a pegou, levantou como se faz com a taça de time campeão, sob aplausos ,e a turma desfilou pelo bar como um oco carnavalesco,  cantando:


“A bengala me leva

A bengala me trás

Ela abre o caminho

E eu vou logo atrás.

(breque) Essa bengala é demais!

Ela fez a festa do bar.

 

 

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