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Foto do escritorJosé Luiz Alquéres

Criatividade e capacidade de antecipação em Tolkien


José Luiz Alquéres

O exercício da criatividade é muito presente, tanto no campo das artes como também no da tecnologia. Por isso, hoje quando se fala de soft skills, capacitações básicas para o mundo do futuro, tanto se lista os mais avançados processos em termos de digitalização, trabalho à distância, tecnologias industriais limpas, como se fala no fomento às artes ou organizações humanizadas e diversificadas. Há que se reconstituir o homem, aquele belo recipiente de qualidades fragmentado em várias partes pelas revoluções industrial e científica. Há que humanizar as coisas e ...as pessoas.


Humanizar é não dissociar as qualidades que fazem do ser humano esta suprema forma da evolução, cuja existência é a prova da possibilidade de se juntar razão e sentimento, cultura e instinto num lugar só.

Não é vergonha que alguns homens tenham a capacidade artística de ver e sentir isso com maior clareza do que outros. Estes artistas, com a sua sensibilidade, podem ajudar muito a evolução da humanidade na boa direção.



 

Música popular do Brasil, ouça!

 


Hoje vou tratar de aspectos da obra literária de J. R. Tolkien que há pouco tempo ganhou uma série de três filmes , denominada O Senhor dos Anéis, mega-produção cinematográfica, apenas comparável à parcimônia de meios que foi concebida ou à grandeza da sofisticação intelectual que a suporta.


Seu autor era um linguista de profissão numa grande universidade inglesa. O enredo se passa num tempo que o historiador Vico classificaria como a era dos heróis , aquela que sucede à época dos deuses e antecede a época dos homens. Heróis são personagens que possuem, pela sua origem , dotes sobrenaturais.


Naquela era se defrontam diferentes povos que possuem caracteristicas próprias: Hobbits ( que são personagens puros e esquivos, homens, orcos ( homens do mal inventados em laboratório, espécies da criatura do Dr Frankenstein), Elfos ( anjos do bem mas eventualmente belicosos), anões gananciosos, focados no acúmulo de riquezas. Fora personagens como trolos, magos. homens-urso, espíritos alados e outros. Uns são do bem outros sap do mal.


E , importante, a depender do progresso da narrativa, alguns oscilam entre os lados.


Lições que o autor nos passa naquele momento que concebe a obra simultâneo ao crescimento do nazismo e abafamento das liberdades individuais.


A lição da tolerância, do respeito às diferenças. Somente um grupo como aquele formado no livro , composto por homens, elfos, anões e hobbits consegue derrotar os mais poderosos exércitos do mal.


A lição de ouvir os bons conselhos, pois os grupos de homens e hobbits que se deixam influenciar por maus conselheiros, melífluos e desonestos, quase botam tudo a perder, enquanto o bom conselho , magos do bem, assessoram as forças do bem.


A lição da vida como uma jornada iniciática, que muito parece as 12 etapas do herói descritas pelo grande antropólogo Joseph Campbell. As etapas dessa viagem, importante na vida de cada um são: partindo do estado de repouso, ouvir o chamado pára ação, não aceitá-lo, rever a posição, encontrar os parceiros da jornada, caminhar e enfrentar o perigo até vence-lo por maior que sejam os sacrifícios, celebrar a vitória sem se deixar contaminar pela arrogância, ter a humildade de voltar ao ponto inicial resolvendo problemas menores no caminho. O que ocorre é que ao chegar de volta ao seu estágio inicial temos alguém diferente, mais completo, mais humano, mais verdadeiramente sábio.



 

Violonistas, escute!

 


A última das muitas lições que eu quero destacar é que de volta a seu ponto de partida o herói, no caso o mais fraco fisicamente mas o mais puro e desprovido de ambições, não é mais o mesmo. A jornada o transforma como hoje vemos alguns dos peregrinos do caminho de Santiago manifestarem. E no caso, ele reconstrói a natureza destruída pelos maus, plantando árvores, recuperando as nascentes etc. É um ambientalista numa época onde nem se falava nisso.


Tudo muito atual embora concebido e iniciado há cerca de 90 anos por um humilde professor no interior da Inglaterra. Um grande mestre da literatura e da linguística. Um influenciador de enorme importância na nossa cultura, haja visto sagas como Guerra das Estrelas , Game of Thrones e outras. Que suas lições sejam sempre apreciadas.


 

Música.





 

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