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Foto do escritorLuiz Inglês

Destruição a olhos vistos



Apesar de saber tudo o que sei, busco sempre o muito que desconheço. Posso estar enganado, mas acredito que o que tenho em meu cabedal de conhecimento, me dá condições de elaborar as novidades, sejam elas pelas suas originalidades, inovações ou até as possíveis revoluções criativas no meu espírito irrequieto, sedento de novidades. Esbarro no entanto, na enorme incompreensão da burrice humana. Estarei me isentando de responsabilidade? Creio que não, também sou humano, também erro, mas luto constantemente contra esta barbárie que está nos levando à destruição. A idiotice da hipocrisia da maior parte dos seres que habitam este nosso planeta, é estarrecedora.


Vivo em meio a Natureza e tenho contato diário com todo seu esplendor que, apesar de maltratada e vilipendiada, continua exuberante quando não sofre agressões do Homem. Será que esta simples demonstração não trás nenhuma reflexão?


Parece que são dois sistemas que vivem completamente separados: o Homem e a Natureza, que vou dividir na Fauna e na Flora.


A Fauna, em sua imensa diversidade, desempenha sua vivência aproveitando os recursos que lhe é fornecida pelo planeta. E, numa simplificação estreita porém coerente, se alimenta conforme lhe foi ordenado por uma ordem natural; acasala, procria, exerce suas funções vitais e retorna ao pó. A Flora, apesar de desempenhar outro conceito de vida, o vegetal, se manifesta da mesma forma natural seguindo a ordem pré-estabelecida: nasce da semente, cresce se tornando planta adulta que fornece frutos ou folhas que alimentam também a Fauna.

Esta maravilhosa simbiose segue seu destino há milhões de anos. Não poluindo, não corrompendo o status quo até... o aparecimento do Homem.


Este ser, dito Sapiens, na sua enorme empáfia e arrogância, acha que é dono da Natureza. Acredita que pode modificá-la a seu bel-prazer, destruindo tudo à sua volta. E os sinais não foram poucos, foram e são bastantes claros.


Sem delongas e chegando aos tempos atuais, vemos a ruína que estamos transformando o mundo habitável. Este paraíso, como eu o entendo, ainda preserva muitas das lições gratuitas a que fomos abençoados.


Indo adiante, o planeta também se manifesta através de muitos outros recursos, mas escolho a água para exemplificar meu ponto de vista.


Percebo-a escorregando montanha abaixo, cruzando pedras já roliças pela seu caminho milenar, resvalando aqui, ali e acolá nas quedas d’água que formam espuma clara e cristalina. Este ribeirão cruza minha propriedade, forma uma bela piscina natural e segue seu caminho fluindo com a gravidade. Um recurso rural que preserva a vida em várias instâncias. Mata a sede, rega as plantas, florestas e matas, limpa e lava, mantém a umidade necessária, regula a temperatura dos corpos e mais um tanto de outros benefícios. Quando bebo esta água pura entendo o porquê a chamamos de “água doce”.


No entanto, a poluição que é jogada nos mananciais envolvem contaminação de dejetos humanos; produtos químicos sejam eles fertilizantes, detergentes, produtos farmacêuticos ou oriundos de higiene pessoal; plásticos que se tornam micro-plásticos; metais e outros detritos que também são jogados na água através dos esgotos. Para chegar potável, a água deve passar por uma estação de tratamento onde são removidas impurezas e contaminantes. Nesta fase sulfato de alumínio é adicionado para agrupar partículas suspensas que causam turbidez. Flocos são formados para que sejam de fácil remoção. A água então passa por um processo de agitação lenta onde as partículas agregadas se unem facilitando sua separação.


Depois vem a decantação onde os flocos mais pesados se depositam no fundo separando-se da água. Após todo este processo a água passa por uma filtração composta de areia, carvão ativado e cascalho e é tratada com desinfetante como o cloro. Passa então pela correção do PH através de outras soluções químicas e por último é fluoretada. Finalmente este produto insosso que chega às nossas torneiras é chamado de “água potável”.


Como disse anteriormente, nem vou comentar sobre a poluição do ar, dos alimentos, dos rios e oceanos, dos solos e subsolos e de tantas outras fontes que recebemos puras e inalteradas. As transformamos também num aglomerado de sujeiras tóxicas criminosas e nocivas à nossa própria sobrevivência, num flagrante vergonhoso da ganância humana.


No entanto, com um pouco de dedicação, podemos prevenir estas calamidades desde seu início, onde começa este festival de horror que tem origem na falta de vontade e amor pela humanidade. A série de desastres que vão devastando nossas condições de vida vão ao encontro de interesses maiores.


Mas Ghandi nos ensinou que na busca de resoluções de conflitos em tempos de intolerância, devemos partir para a resistência pacífica. Esta pode ser mais forte que a violência. A não violência supera a ignorância e dá exemplos. Devemos buscar soluções que diminuam os impactos tóxicos que são jogados no planeta. Deixar de comprar produtos nocivos é um bom começo. Não usar produtos descartáveis poluentes também.


Preferir saco de papel ao plástico é outra boa ideia. Caminhar mais – se possível – ao invés de usar condução, ajuda a despoluir e faz bem à saúde. Selecionar em casa seu lixo orgânico, alivia todo o sistema de coleta de resíduos, ajuda na fabricação de adubo natural e reduz o uso de agrotóxicos. E por aí vai uma diversidade de atitudes práticas e posicionamentos políticos que buscam uma vida mais saudável e promissora. Diminuindo desta forma os impactos negativos e prejudiciais a que somos submetidos.


Lembrem-se, mais uma vez, não temos que salvar o planeta. Ele sabe cuidar de si. Por isso chamamos de Mãe Natureza. Temos é que agir para nos salvar. Como diz o provérbio “sabendo usar, não vai faltar”.


E neste instante, estou na sala de minha casa, num fim de tarde lindo. Agosto, mês de frio, mês de seca aqui no sudeste. Vejo através da vidraça o sol com sua luz cruzada caminhando para se por. A natureza equilibrada, a brisa balançando levemente os ramos. E, como disse Aloysio de Oliveira em Dindi musicada pelo Tom: ”o vento que fala nas folhas”.


A mangueira florescendo e os suinãs exibindo sua exuberância colorida preenchendo o entorno com pinceladas de laranja-avermelhado. Ao fundo escuto o leve rumor do ribeirão que atravessa o vale.


Os passarinhos começando a se preparar para o fim de tarde que se aproxima. Se empoleiram e piam levemente num bate papo trinado e gorjeado.


A paz domina o ambiente. Uma benção.


 

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