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Foto do escritorPaulo Eduardo Ribeiro

Dez entre dez brasileiros preferem feijão



Parece que foi ontem em que todas as noites, entre março e agosto de 1979, o conjunto vocal feminino brasileiro As Frenéticas, que surgiu em 1976, entoava em horário nobre o tema de abertura da novela das 19 horas Feijão Maravilha.

A música do cantor e compositor Gonzaguinha caiu como uma luva na voz daquelas meninas que diariamente afirmavam que “dez entre dez brasileiros preferem feijão”, e desde então eu sempre pensei no feijão e nas “polêmicas” envolvendo esse item indispensável da culinária nacional, como por exemplo, se o feijão vai por cima do arroz, ou se é o arroz que vai por cima do feijão.


Outra polêmica que sempre vinha à tona é por que os cariocas preferem o feijão preto e nós paulistas preferimos o feijão carioca? Aliás, qual o motivo desse tipo de feijão se chamar carioca? Talvez meu amigo Sergio Schmid do Canal Ponte Aérea saiba me explicar.

O feijão convive comigo e com grande parte dos brasileiros desde sempre, tanto que virou novela e música, e eu sempre o vi como algo quase que sagrado, mítico (com todo perdão da referência), que não se pode sequer pensar na possibilidade de brincar com ele, uma heresia.


Foi assim que crescemos, com a dupla sempre junta mantendo o ritual de nossa alimentação como ensinado por nossos antepassados, mas eis que em um belo dia, alguém ousa colocar em cheque sua aquisição, seu consumo.


Foi apenas uma frase imbe.., ou melhor, infeliz, que acabou pondo nosso querido feijão em destaque, novamente em horário nobre, mas não por causa de seu preço, música, novela ou coisa parecida, e isso me fez refletir por instantes se a lógica cantada na década de 70 pelas Frenéticas ainda vale nos dias de hoje.


Foram segundos para perceber que talvez não mais.

Ora temos uma história com o feijão e ela não pode ser assim tratada por causa de opiniões divergentes.


Lembrei-me de Maslow e sua pirâmide de hierarquia das necessidades humanas.

Cheguei a gargalhar de desespero imaginando ele se revirando no túmulo pensando:

“Oh my God (Maslow era americano), como pude ser tão desleixado e não considerar outros elementos na hierarquia de necessidades de minha pirâmide? Somente agora, em 2021 e já desencarnado (Maslow nasceu em 01/04/1908 e morreu em 08/06/1970) percebo que falhei ao não compreender o que realmente são necessidades básicas para alguns seres humanos. Agradeço ao Brasil, aquele país que cantava que dez entre dez brasileiros preferem feijão / esse sabor bem Brasil / verdadeiro fator de união da família, por me deixar a par do que se passa aí no país tropical no século XXI”.


Mas não é só isso, tem outra coisa me intrigando...

Eu ouvi uma galera falando que é um absurdo esse assunto por que o preço e a necessidade de aquisição de um “funil” em relação ao preço e a aquisição de feijão sequer devem ser cogitados, mas confesso que não entendi, olhei na internet e o preço médio de um funil é em torno de vinte reais, tem de plástico, de alumínio e até de... oi... o que foi?

Ah não é funil? O que é então que estão falando?


Ahhh, fuzzz... sério isso?

Por isso achei estranho, um funil não é tão mais caro assim que um quilo de feijão. Acho que prefiro ficar entre os dez brasileiros que preferem feijão.

Meu Deus, eu juro que nunca em toda minha vida imaginei ouvir tanta beste... tanta “narrativa fora de contexto”, é toda semana agora.

Acho que a galera está revezando pra ver quem cria mais “narrativa fora de contexto” lá pelos lados da Capital...


Haja feijão pra saciar a fome desse povo que tanto sofre, e haja funil pra filtrar a quantidade de frases “fora de contexto” que eu prefiro esquecer.

Mas e o outro FU sem ser o do funil?


Acho que o outro FU é uma referência a como estamos, todos FU meus amigos.

Ah, só mais uma coisa, antes de alguém me mandar para algum lugar, seja um lugar que exista ou apenas algum lugar do xingamento nacional, quero apenas fazer um pedido, eu vou, desde que lá tenha feijão.


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!

 

Caiu na Rede.



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