Dia 1 - Web Summit Rio 2024 - O lado legal das IAs: ética e regulamentação

Por: Lucca Pinho, com supervisão de Eduardo Brasil

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         Inteligências Artificiais são poderosos mecanismos de influência e persuasão e podem ser usadas de forma positiva ou negativa, a depender da índole e dos interesses existentes por trás de tais tecnologias. É essencial que a privacidade dos dados adquiridos seja uma diretriz primária de qualquer operação no ramo.

James Slezak, fundador e CEO da Swayable – empresa americana de tecnologia – foi um dos palestrantes do primeiro dos três dias de evento no Web Summit Rio. Em seus 20 minutos no palco AI Academy, Slezak ressaltou a importância de que as inteligências artificiais sejam confiáveis e colocou a coleta de dados como um ponto chave, sendo uma prática comum a coleta excessiva, com empresas perguntando informações desnecessárias e exageradamente pessoais. “Não peça informações que você não precisa”, pontuou. Identificar a área em que reside o usuário, em detrimento do seu endereço, é um dos exemplos contemplados pelas boas práticas do ramo.

Verdade e democracia são os dois valores centrais que, segundo o palestrante, todas as empresas de tecnologia devem ter. IAs têm a capacidade de moldar mentes em uma escala nunca observada pela humanidade, já que não dispõem de pessoalidade alguma, fazendo com que seres humanos tornem-se menos defensivos e, consequentemente, mais propensos a ouvir.

VÍDEO SLEZAK – DIA 01

Filmagem: Sanannda Acácia

            Já no âmbito da regulamentação das inteligências artificiais, Julia Pazos – especialista na interseção entre legislação, tecnologia e inovação – e Eduardo Magrani – professor, advogado e especialista em proteção de dados – discorreram sobre como criar um framework legal para IAs. Um framework nada mais é do que uma estrutura que serve como base para a criação de projetos. Na área da tecnologia é extremamente complexa a tarefa de desenvolvimento e atualização dessa estrutura, uma vez que os avanços são rápidos demais. Além disso, os países possuem diferentes legislações e valores de privacidade, tornando a existência de uma diretriz global praticamente impossível.

Verdade e democracia são os dois valores centrais que, segundo o palestrante, todas as empresas de tecnologia devem ter. IAs têm a capacidade de moldar mentes em uma escala nunca observada pela humanidade, já que não dispõem de pessoalidade alguma, fazendo com que seres humanos tornem-se menos defensivos e, consequentemente, mais propensos a ouvir.

Foto: Sanannda Acácia

Outra questão que divide opiniões quanto à regulamentação é a robustez das resoluções ou leis que estão em desenvolvimento. Enquanto uns acreditam que quanto maiores e mais detalhadas forem as diretrizes mais controle será obtido sobre as inteligências artificiais, outros defendem que resoluções menores e menos específicas possuem maior flexibilidade para as constantes atualizações necessárias.

O fato é que essas novas tecnologias continuarão ganhando força de maneira exponencial e, para os palestrantes, o debate sobre o desenvolvimento de culturas empresariais com valores éticos e morais solidificados vem antes do debate sobre legislação e regulamentação das IAs.  

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