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Foto do escritorLais Amaral Jr.

Dia 7 de outubro, é dia do compositor. Viva!!



Vez ou outra vou para o trabalho de carona. Dia desses o rádio do carro estava sintonizado na Rádio Verde Oliva, emissora da Academia Militar das Agulhas Negras. (Como já disse, eu moro em Resende, onde está localizada a AMAN). O Exército mantém emissoras de FM em unidades país afora. O objetivo é aproximar a instituição da sociedade. Pelo que ouvi, a programação é música estrangeira, geralmente, releituras de clássicos do rock e do Pop além da propagando do EB.

Foi numa dessas caronas que ouvi a bela canção ‘Baby’, de Caetano Veloso e que foi sucesso na voz de Gal no final dos anos 1960. Só que uma releitura, claro, e, em inglês. Acabou a música e nenhuma referência sobre sua autoria. Mas isso não é exclusividade da Verde Oliva, omissão aos compositores. (Se bem que no caso da rádio da AMAN poderia haver sim, uma restrição à autoria, já que Caetano fora preso pela Ditadura Militar em 1968, pouco depois da decretação do famigerado AI-5. Ele e Gil. O resto já é história. Certamente Caetano deve ser nome vetado na Verde Oliva. Assim como Gil, Vandré, Chico e outros compositores).


Eu sinto falta da informação sobre a autoria das canções nas emissoras. Considero uma omissão perversa. Quando jovem ouvia, ainda no período pré-FM, as rádios Mundial e Tamoio, no Rio. Eram rádios especializadas em música. Até compositores estrangeiros eram citados. Por exemplo, terminada uma canção dos Beatles, vinha a voz do locutor sublinhando a autoria: “de Lennon e McCartney”. Nunca foi novidade as pessoas atribuírem ao intérprete a autoria da música. Por uma questão de justiça os compositores devem ser lembrados, ora bolas! De uns tempos para cá a coisa piorou. Parece que não existem mais compositores. Com exceção daqueles que compõem e também são intérpretes. Ou de fenômenos como Paulo César Pinheiro, com mais de 1.300 canções gravadas e, delas, dezenas de sucessos, o que é impossível omitir.

Outro dia revendo um programa do Rolando Boldrin, vi o Renato Teixeira contar o caso do compositor pernambucano Maciel Melo, que no começo dos anos 1990 foi gravado por Elba Ramalho, Fagner, Alceu Valença e outros grandes nomes. Ele resolveu ir para São Paulo. Ficou vivendo cinco anos entre a capital paulista e o Rio. Um certo dia, bateu saudade e ele decidiu voltar para sua terra. Chegando no aeroporto em Recife, pegou um táxi. Na cabeça a indagação rolava: ‘será que eu fiquei famoso?’. Na época ainda não existia essa febre de celular então perguntou ao motorista do taxi se ele conhecia o Maciel Melo. O motorista respondeu na mais dolorosa sinceridade: “eu não sei não, mas se o senhor explicar direitinho eu chego lá”.


E falando em Boldrin, quando posso revejo seus programas e curto muito, além da parte musical, sempre muito relevante, os causos, saborosos. Um ótimo sobre compositor: “Na feira de uma cidadezinha do interior, o cidadão vendia passarinhos (isso antes das legislações ambientais). Um interessado perguntou quanto custava o passarinho que cantava que era uma beleza. O vendedor respondeu que custava 500 reais (valor adaptado por mim). O interessado tomou um susto com o valor e quis saber o preço do outro passarinho, que estava quietinho em sua gaiola. O vendedor respondeu que custava 1.500 reais. O interessado, confuso, indagou por que o passarinho que não cantava valia mais que o outro que cantava tanto. O vendedor respondeu: é que ele é o compositor”. Taí um compositor valorizado (rsrsrs).


Você / Precisa saber da piscina Da margarina, Da Carolina, Da gasolina

Você / Precisa saber de mim

Baby, baby Eu sei que é assim Baby, baby Eu sei que é assim


Você / Precisa tomar um sorvete Na lanchonete / Andar com gente / Me ver de perto

Ouvir / Aquela canção do Roberto

Baby, baby Há quanto tempo (...) (Baby – Caetano Veloso)


 

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