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Foto do escritorPaulo Eduardo Ribeiro

Dia Nacional de Luta da pessoa com deficiência



No dia 21 de setembro é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, e o motivo da escolha da date segundo Cristiane Zamari, coordenadora de Defesa de Políticas para a Pessoa com Deficiência (CODEP) da Prefeitura de Santos na cidade de São Paulo é:

“Dia 21 de setembro também é o dia da Árvore, é próximo à primavera, então simboliza analogicamente o renascer das plantas e a renovação das lutas e conquistas de cidadania, inclusão e participação plena na sociedade. Porque esses brasileiros e brasileiras têm todo o direito de sair, ocupar e transitar os espaços ocupados pelo povo, mostrando sua existência e cidadania por direito”. (Fonte: https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/santos-celebra-dia-nacional-de-luta-da-pessoa-com-deficiencia)


Estou escrevendo esse texto no dia 21 de setembro, e na verdade quero aproveitar essa data para relembrar de pessoas maravilhosas que a vida me deu a oportunidade de conviver, principalmente em sala de aula, pessoas que compartilharam comigo suas histórias de superação e que com toda certeza fizeram de mim uma pessoa melhor e mais grata, apenas por poder ouvir e aprender com elas.


Claro que não me lembrarei de todas essas pessoas, mas estejam onde estiverem sintam-se abraçadas, e por que não dizer, homenageadas por mim nesse humilde artigo.

É importante dizer que sou de uma geração diferente da geração dos meus alunos, dos meus filhos, na minha época de criança as outras crianças que tinham alguma “deficiência” e que por isso eram vistas como “diferentes”, não estudavam junto com a gente não, elas ficavam em uma “classe especial”, minha inocência naquela época não me permitia entender o que aquilo realmente significava.


Que bom que hoje isso não existe mais... bom, algumas pessoas infelizmente não pensam como eu, mas se isso não tivesse mudado com o passar do tempo, eu não teria tido a oportunidade de conhecer o Elisangelo, deficiente visual com um senso de humor e uma percepção de tirar o fôlego.


Um dia ele me disse que eu não estava bem e se eu queria conversar, claro que perguntei como ele tinha chegado a aquela conclusão e a resposta foi direta, “sua voz professor, percebi no tom da sua voz”.


Mas o mais impressionante era como ele conseguia reconhecer as gêmeas da sala que de tão idênticas chegava a irritar. “A voz professor, observa a diferença.”

E o Jorge, lá de Suzano. Que cara sensacional...


Naquela cadeira de rodas estilosa que ele sempre me mostrava como funcionava para aumentar ou diminuir a velocidade, o nível da bateria, fora as histórias sensacionais que ele compartilhava comigo. E aquela barba enorme igualmente estilosa.


E mesmo com os movimentos limitados o Jorge é jogador de bocha no Sesi de Suzano, agora se ele joga bem eu não sei, mas isso é apenas um detalhe.


Conheci outros atletas do SESI Suzano, o Daniel que disputou paraolimpíadas jogando vôlei sentado, aliás o Daniel é outra figura, um dia pedi para olhar seu carro por dentro e perguntei como ele acelerava e ele me respondeu sem pestanejar: “Ué, como qualquer pessoa profe, com os pés”... Ele não tem as duas pernas.


Ainda do vôlei sentado conheci a Janaina e a Kamila, duas meninas com histórias igualmente maravilhosas e que também representaram o Brasil em paraolimpíadas.

A Kamila tem um histórico de superação incrível depois que precisou se submeter a uma amputação de uma das pernas e a Janaína foi considerada uma das melhores do mundo em sua posição, duas meninas maravilhosas com que tive o prazer de conviver durante o tempo em que estive em Suzano.

Nossa, a gente vai falando e lembrando dessas pessoas maravilhosas...

O Marquinhos, deficiente visual que trabalhava com quick massage e os colegas diziam que ele fazia mágica com as mãos. A Valéria, deficiente auditiva que tinha muita dificuldade de relacionamento, mas que consegui me aproximar e até me comunicar, com dificuldade, mas sem nunca perder a esperança de que conseguiria fazer ela se sentir à vontade não só comigo e sim com todos.

Foram muitos amigos ao longo desses anos, e nesse ponto sou grato ao mundo acadêmico que proporcionou essa aproximação com pessoas tão amáveis, esforçadas, dedicadas e principalmente EFICIENTES.


Quero finalizar falando da Cíntia, deficiente auditiva e minha aluna pelo segundo semestre consecutivo. Menina inteligente, participativa e que tem participado também pelo chat e não apenas pela intérprete de LIBRAS a Aline.


Ambas já fazem parte das minhas sextas feiras, a Aline é como se fosse uma aluna também, mas a Cintia escreveu uma coisa outro dia para mim que confesso me deixou emocionado.

Vejam vocês com seus próprios olhos o trecho de nosso chat:


21:18:08 From Cintia to Everyone:

Boa noite prof, foi mal escrita de Português. Vou melhorar língua portuguesa.


Cíntia querida, não precisa se desculpar. Que bom que você tem consciência que precisa melhorar, todos nós precisamos, sem exceção, por isso quero que você saiba que percebo o seu esforço e que tenho muito orgulho de você.


Ainda tenho muito que aprender com relação a esse assunto, e assim como a Cíntia me comprometo aqui, vou melhorar.


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!



 

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