Educação : Denise Pires de Carvalho troca reitoria da UFRJ pelo Ministério da Educação
A professora Denise Pires de Carvalho assumiu a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) do atual governo federal. O professor Carlos Frederico Leão Rocha assumiu a Reitoria como vice-reitor e deverá ser nomeado reitor pro tempore nos próximos dias.
A UFRJ é uma das maiores instituições de ensino, ciência e cultura do mundo.
Recentemente contribuiu na elaboração de combate à Covid-19 em uma força-tarefa com os maiores cientistas do planeta.
A missão de Denise é espinhosa: vai enfrentar o maior desmonte que a Educação, junto com a Saúde, Cultura, Meio Ambiente e Ciências e Tecnologia enfrentou em todos os tempos.
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Leia a carta de despedida, publicada pela Assessoria de Imprensa da UFRJ.
Nesta semana, despeço-me do cargo de reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Agradeço a cada um de vocês da comunidade acadêmica: estudantes da educação infantil à pós-graduação, técnicos, docentes e terceirizados.
Neste momento, o processo eleitoral para a próxima Reitoria se iniciaria, e eu recebi o honroso e irrecusável convite para me tornar secretária de Educação Superior do Ministério da Educação do atual governo, da “União e Reconstrução” nacional. Agradeço a confiança do ministro Camilo Santana e, em especial, ao vice-reitor e a toda a minha equipe que trabalhou nesses mais de três anos e meio com muita dedicação e perseverança. Enfrentamos muitos desafios juntos, desde os herdados déficits orçamentários e problemas na infraestrutura física da UFRJ à pandemia da covid-19 e aos sucessivos cortes orçamentários.
Fomos corajosos e criamos novos editais de assistência estudantil durante a covid-19, que compuseram o maior aparato assistencial do país no período. Retomamos várias obras paradas, dentre as quais a da residência estudantil que está duplicando a oferta de vagas aos estudantes em 2023-1. Vencemos essa batalha! Continuaremos na luta pela universidade pública, laica, inclusiva, gratuita, de muita qualidade e engajada socialmente.
Durante o meu mandato que agora termina, nosso colegiado máximo foi respeitado nas suas decisões e a democracia interna se consolidou. Aprovamos o nosso primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI UFRJ), a Política de Inovação da UFRJ, institucionalizamos a Decania Multidisciplinar de Macaé com as suas diversas instâncias acadêmicas, retomamos diversas reformas prediais paradas e aprovaremos, em breve, o Plano Diretor 2030. O Inova-UFRJ foi criado e os laboratórios compartilhados estão regulamentados.
Ao longo desses anos, pudemos vivenciar alguns momentos de muita representatividade para a UFRJ, como: o centenário da Universidade e o melhor desempenho da instituição no World University Ranking 2023. A Universidade subiu 36 posições no renomado QS, além de ter se mantido como a melhor federal do país; conseguimos ainda conquistar recentemente a certidão que garante a posse do terreno da Ilha do Fundão, depois de décadas de impasses cartoriais que questionavam a Cidade Universitária.
Com vistas a garantir que a UFRJ seja cada vez mais plural, criamos a Ouvidoria da Mulher, visando fomentar debates e ações voltadas à equidade de gênero. No intuito de aperfeiçoar as políticas estudantis, iniciamos as tratativas para o novo Restaurante Universitário (RU) no campus Cidade Universitária, na área do antigo Burguesão. Buscando aumentar a inclusão, aprovamos as cotas nos cursos de mestrado e doutorado.
Nosso Museu Nacional (MN) está sendo restaurado e ganhamos um novo campus de pesquisa e ensino para suas diferentes áreas acadêmicas, no Maracanã. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) se fortaleceu e, pela primeira vez, elaborou um relatório que reflete as atividades de todas as instâncias acadêmicas.
A comunicação da UFRJ também se fortaleceu e hoje compõe uma superintendência-geral, responsável pela construção e implementação da política de comunicação da Universidade e pelo nosso portal, que hoje é trilíngue. Aliás, a UFRJ se internacionalizou ainda mais. Criamos a Superintendência-Geral de Relações Internacionais, com atuação geopolítica estratégica e a implantação de diversas ações com protagonismo. Nosso Fórum de Ciência e Cultura (FCC) se ampliou, com a criação de diversas cátedras no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) − um novo regimento foi elaborado.
A verdadeira indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão marcou esses últimos anos. As atividades remotas foram implantadas para enfrentar a pandemia, em brava atitude urgente e necessária à retomada do ensino e da extensão nos diferentes níveis. Surgiu, na UFRJ, o Festival do Conhecimento, para mostrar o que fazemos de melhor: expandir as atividades além-muros. Os estudantes foram respeitados nas suas demandas acadêmicas de ensino básico, da graduação e da pós-graduação. Apesar de todos os problemas orçamentários, nossas unidades de saúde foram fundamentais nesses tempos distópicos, o que muito orgulha a nossa instituição. Nossos profissionais de saúde atenderam a sociedade com muito comprometimento e atuaram em conjunto para diagnosticar, tratar e vacinar a população, reinventando-se durante a pandemia. Os voluntários e todos os coordenadores dessas ações foram imprescindíveis naquele momento de muitas perdas.
A produção artística e cultural também se adaptou e cursos de Música e Belas Artes puderam acontecer de maneira remota durante o distanciamento interpessoal que foi necessário. A pesquisa nunca parou e inúmeros novos projetos foram desenvolvidos, gerando novos testes diagnósticos, produzindo álcool de qualidade e a vacina UFRJ-vac, que em breve passará por testes clínicos.
Com relação à governança e gestão, triplicamos, em 2021, nossa performance no Índice Integrado de Governança e Gestão Públicas (iGG), tendo saltado de 18 (nível inicial), em 2018, para 57% (nível intermediário) de aproveitamento. Em governança e gestão orçamentárias, critério novo do indicador integrado do Tribunal de Contas da União (TCU), a UFRJ obteve índice de aproveitamento de 91,6%.
Avançamos no combate às fraudes nas cotas étnico-raciais e implantamos políticas de heteroidentificação no acesso aos cursos de graduação e pós-graduação. Nos concursos públicos, modificamos a resolução do Conselho Universitário para que haja a efetiva reserva de vagas prevista na lei. Como resultado, nesses últimos concursos aconteceram inequívocos avanços na inclusão étnico-racial.
Agradeço pela parceria que construímos ao longo dos anos e pelo apoio em momentos difíceis, quando as diferenças foram deixadas de lado para atuarmos de forma uníssona, principalmente durante o enfrentamento à covid-19 e ao desastre ocorrido em Petrópolis, quando mais de 240 pessoas morreram e milhares de famílias ficaram desabrigadas e desalojadas. Juntos, arrecadamos quatro toneladas de alimentos para ajudar as vítimas. Agradeço aos participantes e coordenadores dos grupos de trabalho para enfrentamento da covid-19, para o retorno pós-pandemia e sobre políticas de parentalidade e direitos humanos. Foram tempos difíceis, mas a comunidade unida conseguiu vencer todos esses enormes desafios.
Destaco, ainda, a aprovação da política de gestão de riscos; a criação e a multiplicidade de Grupos de Trabalho (GTs); a criação do Instituto de Futuros, para pensar novos horizontes para a sociedade brasileira; a implantação global do Sistema Eletrônico de Informação (SEI), eliminando processos físicos; a certificação da UFRJ com o selo ODS, de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU); a criação da Superintendência de Planejamento, no âmbito da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), justamente para fazer valer a palavra “planejamento” no nome da pró-reitoria e ter um órgão focado no tema; a regulamentação do compartilhamento de laboratórios da UFRJ para pessoas físicas, empresas e instituições científicas, tecnológicas e de inovação, em atendimento ao Marco Legal de CT&I; o lançamento do Conecta UFRJ, que apresenta as pesquisas produzidas pela Universidade e facilita o mapeamento das competências, possibilitando parcerias com instituições públicas e privadas.
Parabenizo a comunidade acadêmica pela manutenção da elevadíssima produção científica, artística, tecnológica e cultural. As ações desempenhadas pelas áreas administrativas das pró-reitorias, da Prefeitura Universitária (PU), do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS), do Escritório Técnico da Universidade (ETU) e da Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Stic) foram fundamentais. Avançamos na consolidação do Complexo de Formação de Professores (CFP) e temos atualmente várias ações em rede que muito orgulham nossos cursos de licenciatura.
Despeço-me da Reitoria da UFRJ com a certeza de que estamos muito diferentes de 2019. Avançamos em muitas questões acadêmicas e administrativas. No entanto, há muito trabalho pela frente. Dados obtidos pelo grupo de estudo da UFRJ confirmam altas taxas de evasão e retenção nos cursos da Universidade, e essa questão precisa ser enfrentada com determinação e seriedade. O ensino superior é uma das mais efetivas formas de mobilidade social. Não podemos continuar perdendo jovens talentos no Brasil. Será necessária a ampliação da política de assistência estudantil, visando à permanência e conclusão dos cursos. Que possamos continuar esse processo coletivo que visa ao fortalecimento da instituição, à reforma na sua infraestrutura e nos seus cursos. O século XXI chegou, mas muitas das nossas práticas permanecem no passado.
Durante este mandato, tivemos a honra de trabalhar com uma comunidade vibrante e dedicada. Estamos orgulhosos do progresso alcançado juntos. Desejamos mais sucesso e realizações futuras e esperamos continuar acompanhando de perto os feitos da UFRJ. Obrigada por sua dedicação e apoio incansável!
Indústria da Música
A música é uma indústria que gera empregos, trabalho, cultura e é uma importante fonte de receitas e divisas para o país. De acordo com dados da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), a música move mais de R$ 8 bilhões por ano no Brasil, envolvendo atividades como produção, gravação, distribuição e venda de música.
O setor musical gera empregos diretos e indiretos, incluindo músicos, compositores, produtores, técnicos de som, designers gráficos, entre outros. Além disso, a música também é uma importante fonte de renda para os artistas e criativos envolvidos, alavancando a economia local e nacional.
Como participar desta Indústria?
A música também é uma importante forma de expressão cultural, e é reconhecida em todo o mundo como um dos principais setores culturais. Além disso, a música também é uma importante forma de exportação, gerando divisas para o país através da venda de música e apresentações internacionais.
A Cedro Rosa é uma organização importante que ajuda a cadeia econômica da música ao administrar e proteger os direitos autorais de músicos e compositores no Brasil. Ao fazer isso, a Cedro Rosa garante que os autores recebam pela exploração de suas obras, fortalecendo a economia e valorizando o trabalho dos profissionais envolvidos.
Como funciona?
Além disso, a Cedro Rosa também oferece diversas formas de licenciamento de música, permitindo que produtores de filmes, vídeos e programas de TV possam utilizar músicas certificadas de maneira legal e remunerar adequadamente os autores.
SAMBA
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