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Ei, aí caiu também?

Foto do escritor: Paulo Eduardo RibeiroPaulo Eduardo Ribeiro




Ei, aí caiu também?


Era pouco mais de meio dia daquele dia 04 de outubro quando algo estranho começou a acontecer.


Um silêncio estranho tomou conta da sala onde eu me encontrava trabalhando, mexendo na aula daquela noite e trocando mensagens com uma colega professora sobre o material novo que eu tinha desenvolvido para a disciplina que tínhamos em comum naquele semestre.


A falta de resposta por parte dela me fez levantar e soltar um sonoro “filho da p...” para meu roteador, não é possível que o wifi queira parar de funcionar exatamente agora, mas as barrinhas que indicam a conexão continuavam ali, fortes e completas ao lado do alto falante no canto inferior direito do meu notebook.


Tirar da tomada por 10 segundos e religar, é isso.


E num salto quase que acrobático rumo ao roteador avisei que executaria essa ação, afinal do outro cômodo já era possível ouvir os gritos de reclamação do meu caçula que naquele momento finalizava uma apresentação para a faculdade com um colega de classe.

A tortura da espera até que todas as luzes do roteador novamente se acendessem e assim indicasse que o aparelho estava novamente ligado e pronto para utilizar é agoniante, mas como guerreiros aguardamos, contando os segundos e praticamente atingindo um novo clímax a cada novo led aceso... são oito ao todo.


Não é o wifi!!!


Essa constatação me fez sentir um calafrio e um medo do terror que poderia estar por vir, e o medo só aumentou quando constatamos que não tinha sido apenas o aplicativo de troca de mensagens que tinha ficado inoperante, mas todos os aplicativos do grupo.

Ei, aí caiu também?


A pergunta vinda de alguma janela chamou minha atenção, era uma voz que me soava familiar, me lembro de já tê-la ouvido em algum áudio e por isso corri para entender melhor o que estava acontecendo.


Percebi que se tratava do meu vizinho da frente, eu já o tinha visto algumas vezes no estacionamento, mas nunca trocamos mais do que um bom dia ou boa noite, coisa normal e de certa forma educada, os bate papos mesmo aconteciam no grupo do condomínio, aliás, é onde as conversas devem acontecer não é mesmo?


Meu Deus que bom que o problema não é só na minha casa, já pensou ter que acionar a operadora de internet por telefone, e o pior, ter que agendar a visita de um técnico presencialmente para resolver o problema?


Não, fora de cogitação sequer imaginar a possibilidade de ter que conversar com alguém que não conheço pessoalmente.


Mas conforme as horas iam passando o desespero só aumentava dentro de mim.

Como será que meu primogênito e minha nora estão? E meus alunos, será que estão bem e virão para nossa aula de hoje? E minha colega professora, será que recebeu os arquivos que mandei?


Espero que nenhuma informação importante tenha sido enviada nesse período. E se foi como saberei? É angustiante não ter nenhuma informação, nenhum pronunciamento oficial da empresa.


Acho que vou ligar a TV.


Talvez seja melhor ligar o rádio, quem sabe eles têm alguma informação sobre esse caos que aparentemente aflige o mundo.


Ainda bem que a internet continua funcionando, seria o fim da picada ter que procurar um rádio ou baixar um aplicativo para esse fim no celular.

Nessas horas milhões de pensamentos negativos passam por nossa cabeça, será que é o fim do mundo? Ou será uma invasão alienígena querendo dominar o planeta a partir da falta de informações?


Pode parecer loucura, mas somente mentes muito mais evoluídas do que a nossa para conseguir paralisar o mundo dessa forma, deixar as pessoas completamente sem informação e isoladas umas das outras.


Senti um nó na garganta ao imaginar que nunca mais poderíamos ter “contato” com outras pessoas, com nossos familiares, mesmo com aqueles que vivem debaixo do mesmo teto, mas que assistem televisão com o celular na mão enquanto “vivem” a vida real que o mundo tecnológico nos apresentou.


Espera um pouco, eu disse celular?


O conceito inicial era levar o telefone fixo para fora de casa e assim poder falar com as pessoas sem precisar utilizar aparelhos públicos, mas com a evolução da tecnologia e do conceito nos esquecemos completamente dessa possibilidade.

Talvez seja o momento de repensar nossas prioridades e ver se vale a pena deixar nossa vida condicionada a empresas privadas que detém o monopólio dos aplicativos de comunicação.


Oito horas depois a vida voltou ao normal, só nos resta agora colocar toda conversa acumulada durante esse tempo todo em dia.


Ah, mas faz uma coisa por você de vez em quando.

Aproveita a experiência e desliga o wifi, conversa com a sua família, com os seus amigos, manda um sinal de fumaça, um sms ou faz uma ligação, e quando as coisas estiverem mais calmas por aqui, marca aquele encontro presencial, da um abraço apertado nas pessoas e lembre-se que antes de toda essa tecnologia a gente já estava por aqui e sobrevivemos.

Pra finalizar gostaria só de te pedir um favor para o Mark...


Da próxima vez dá uma força para que a pane não demore tanto pra passar, e se possível da um jeito de mandar um recado, mesmo que seja por uma ferramenta de seus concorrentes, afinal a gente não é de ferro né.


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!


 

Vamos?!


Caiu!!!!


Emocionante.


 

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