ERA UMA VEZ...
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Era uma vez um país distante, em que, há muito tempo atrás, sabiás cantavam no alto de palmeiras. Nesse mesmo país, onde Aurora, se fosse sincera, que bom seria, e onde a turma do funil chegava sem avisar, todo mundo bebendo e ninguém dormindo no ponto, era comum a dúvida quanto a que roupa usar pra ir ao samba pro qual se fosse convidado.
Era lá que o bonde São Januário levava operários pra trabalhar; era lá também que se dizia que meu coração, não sei por quê, batia feliz ao te ver. Sassaricando, lá, todo mundo levava a vida no arame, mas não se perdia a chance de dançar o balancê!
Alalaô! Era lá que, no calor que queimava a nossa cara, parecíamos estar atravessando o deserto do Saara. Mas as águas estavam sempre prestes a rolar e geralmente não sobrava garrafa cheia. Um alívio.
O assum preto, cego, coitado, não via nada, mas a asa branca fugia da seca. E sempre voltava. Se pegava um Ita no norte pra ir morar no Rio. Mas a maioria só deixaria – se deixasse – o Cariri no último pau de arara.
Muitos moravam em Jaçanã e se perdessem o trem das onze, só amanhã de manhã mesmo. Talvez fosse possível passar o tempo rondando a cidade à noite, a te procurar, sem encontrar.
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Com o passar do tempo, lá, mesmo sob tensão, bandas passavam cantando coisas de amor e Pedros aguardavam, pensando, o trem pra ir trabalhar, ao tempo em que outros iam pra Maracangalha com chapéus de palha e uniformes brancos ou mesmo sendo doce morrer no mar, muita gente preferia um dia de luz, festa do sol e um barquinho a deslizar.
Mas se alguém perguntasse por mim, era só dizer que fui por aí, violão embaixo do braço.
Houve mesmo um tempo que o rei da brincadeira era José e o rei da confusão era João; quando alguém ia embora, se fazia noite no viver da outra. Mas as tardes nunca deixaram de cair como viadutos nas cabeças do povo, que já vinha caminhando e cantando fazia tempo, todos iguais, braços dados ou não.
Se acreditava na rapaziada de lá! E a rapaziada acreditava num novo tempo, em que apesar dos perigos, estaríamos todos mais vivos pra nos socorrer.
As pessoas tem no coração ainda o tempo em que o coração explodia na passagem do Salgueiro, em que a Portela passava parecendo a procissão da Aparecida ou que o cenário de Mangueira era uma beleza.
Será que foi sonho?
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Artistas e Compositores Cedro Rosa
Didu Nogueira e seu lindo Cd "IDENTIDADE"
Lazir Sinval, do Jongo da Serrinha, na Cedro Rosa.
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