Estação Ferroviária: do auge à decadência
Quando comecei minha busca de um local para passar meus dias merecidos de lazer, após tantos anos de trabalho, procurava um encontro permanente e íntimo, com a Natureza.
Na época – na gestão do presidente do momento – havia uma situação sui generis: os postos de gasolina não abriam nos fins de semana e feriados. Como consequência, numa época ainda sem Internet, optei então em pegar um compasso, traçar em um mapa um círculo ao redor da cidade do Rio (onde eu morava) cujo raio se estendia pela metade da distância de quilometragem possível pelo tanque do meu carro. Ou seja, com tanque cheio poderia ir e voltar sem sustos. O temor de que por qualquer motivo emergencial, ter de sair às pressas, me fez apelar para este estratagema. Tinha que ter combustível suficiente para voltar ao Rio.
Passado quase um ano nesta busca, visitando mais de uma dúzia de cidades, encontrei uma em São Paulo (acredite, mais próxima do que Mauá, Búzios, Paraty, Penedo e tantas outras que o carioca utiliza para seu lazer).
Foi paixão à primeira vista. Cidade histórica com (atualmente) dez mil habitantes, encravada na Serra da Bocaina (agora reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade). Era tudo o que buscava: Mata-Atlântica e sua incomparável biodiversidade. Não perdi tempo. Encontrei bela propriedade com casa centenária de colono, afastada da cidade 10 kms em estrada de terra. Reformei, coloquei luz elétrica, banheiros, água encanada e cá estou até hoje.
A cidade é cravejada de imóveis coloniais, fazendas de café do século XIX e muitas histórias como a da passagem de D. Pedro pela Fazenda Resgate, quando se dirigia à capital da Província de São Paulo e declarou a Independência do nosso país. Nada parecido com o mega quadro de Pedro Américo com todos seus superlativos visuais. Menções à região são feitas também no livro de Monteiro Lobato, “As Sete Cidades Mortas”.
Em 1836, já como segundo maior produtor de café da província, a vila de Bananal concentrava boa parte dos fazendeiros mais poderosos do Vale do Paraíba. Tamanha era sua importância que, por ocasião do empréstimo do governo inglês conseguido pela Corte Imperial, para enfrentar a guerra com o Paraguai, houve necessidade do endosso do município na negociação, uma exigência feita pelos banqueiros britânicos visto que muitos barões do café possuíam dinheiro nos bancos de Londres. Por incrível que pareça, até moeda própria foi cunhada na vila, na época, tamanha era sua opulência.
Uma das belezas da cidade é sua Estação Ferroviária. Importada da Bélgica na década de oitenta do século XIX, em estruturas metálicas desmontáveis e com placas duplas almofadadas. O piso é em pinho de Riga. A fabricante belga da estação vendeu e ergueu o projeto, sendo este o único exemplar montado no continente americano.
Foi aquisição dos fazendeiros da região que precisavam escoar para a Europa, as safras da maior produção de café do Brasil, via porto do Rio. Os barões do café eram recebidos na capital do país com toda a pompa. Os modos europeus eram copiados por todos. Mas com a abolição da escravatura tudo mudou. Com o declínio da economia da região cafeeira, com o esgotamento das terras e com a falta de mão de obra que sustentava a produção do café e do leite, a manutenção da Estação Ferroviária e toda a sua estrutura, ficou extremamente cara.
Foi adquirida então pela União em 1918, que a encampou como um ramal da Estrada de Ferro Central do Brasil e em 1964, a ferrovia foi desativada, sendo extinta pouco tempo depois. A Estação foi doada para os Correios e em 1974 foi tombada como patrimônio histórico pelo Estado de São Paulo.
No século seguinte, na década de 50, mais um fator acabou produzindo a estagnação não só do município, mas de toda a região do fundo do vale do Paraíba: a abertura da rodovia Presidente Dutra. A Dutra, como é popularmente chamada, desativou a rodovia dos Tropeiros, a antiga Rio-São Paulo que passava por Bananal. Atualmente Bananal e os demais municípios ao longo desta antiga rodovia, buscam o crescimento econômico na exploração do turismo sustentável.
Hoje, a Estação Ferroviária é mais uma lembrança dos tempos áureos dos barões do café. E a cidade, por ter sido esquecida (vide “As Sete Cidades Mortas”) conseguiu, num golpe do acaso e pelas contingências do progresso, se manter quase intacta, atravessando décadas mantendo seu patrimônio colonial, seu espírito rural e ar campestre.
Quando aqui cheguei a Estação Ferroviária era a rodoviária da cidade. Indescritível entrar, comprar uma passagem, sentar na gare e aguardar o trem, digo, o ônibus. O sentimento de outrora nos invade e nos faz perceber a riqueza de uma época. Hoje está fechada e se deteriorando. Uma lástima.
Luiz Inglês
Projetos da Cedro Rosa Aprovados pela ANCINE
A Cedro Rosa está envolvida na produção de diversos filmes e séries aprovados pela Ancine, com incentivos fiscais que permitem aos patrocinadores deduzirem o valor investido do imposto de renda devido. Aqui estão os três projetos principais:
1. Minissérie "História da Música Brasileira na Era das Gravações"
Descrição: Esta minissérie explora a evolução da música brasileira desde a introdução das primeiras gravações até os dias atuais, destacando momentos e artistas que marcaram a história da música no Brasil.
Aprovação pela Ancine: Artigo 1A.
Objetivo: Promover a riqueza cultural da música brasileira e educar o público sobre sua história.
2. Filme "Partideiros 2"
Descrição: Continuação do filme "Partideiros", este projeto foca nos grandes nomes do samba e suas contribuições para a cultura brasileira, além de mostrar a nova geração de sambistas.
Aprovação pela Ancine: Artigo 1A.
Objetivo: Preservar e divulgar o samba como patrimônio cultural brasileiro, proporcionando visibilidade a artistas veteranos e novos talentos.
3. Longa-Metragem "+40 Anos do Clube do Samba"
Descrição: Um longa-metragem em co-produção com a TV Cultura de São Paulo que celebra os mais de 40 anos do Clube do Samba, destacando a importância desse movimento para a música e cultura brasileiras.
Aprovação pela Ancine: Artigo 3A.
Objetivo: Registrar e celebrar a história e a contribuição do Clube do Samba, um importante movimento cultural que ajudou a moldar o samba e a música popular brasileira.
COMO APOIAR!
( qualquer valor )
Depósito direto na Conta do Projeto + 40 ANOS DO CLUBE DO SAMBA
Banco do Brasil - Banco: 001 - agência: 0287-9
conta corrente: 54047-1
PLAY PARTICIPAÇÕES E COMUNICAÇÕES LTDA - CEDRO ROSA
CNPJ: 07.855.726/0001-55
Conta OFICIAL verificada pela ANCINE.
Informe pela e-mail os dados e comprovante de deposito, para emissão do recibo
Como Patrocinar com Qualquer Valor
Identifique o Projeto: Escolha um dos projetos da Cedro Rosa que você deseja patrocinar.
Contato com a Produção: Entre em contato com a Cedro Rosa para obter mais informações sobre como realizar o patrocínio. Isso pode ser feito através do site oficial da Cedro Rosa ou por meio de contatos fornecidos pela produtora.
Realize o Aporte: Faça o investimento no projeto escolhido. Qualquer valor pode ser aceito, e você receberá um recibo de mecenato cultural como comprovação do investimento.
Guarde o Comprovante: Guarde o recibo de mecenato cultural para incluí-lo na sua declaração de imposto de renda. Esse recibo será necessário para deduzir o valor investido do imposto devido.
Declaração de Imposto de Renda:
Pessoas Físicas: Podem deduzir até 6% do imposto de renda devido.
Pessoas Jurídicas: Podem deduzir até 4% do imposto de renda devido.
Benefícios Fiscais
Ao patrocinar esses projetos, você estará não só apoiando a produção cultural brasileira, mas também obtendo benefícios fiscais ao deduzir o valor investido do seu imposto de renda devido. Para garantir que você está seguindo todos os procedimentos corretamente, é aconselhável consultar um contador ou especialista em imposto de renda.
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