FAZER O QUE SE GOSTA OU GOSTAR DO QUE SE FAZ?
Nas décadas de 60 e 70 do século passado, o mundo viveu um período de grande crescimento econômico. Não apenas a sociedade de consumo no modelo americano se expandia pelo mundo inteiro, como novas descobertas científicas, novos materiais e novas tecnologias revolucionavam a medicina, as construções, os transportes, a indústria do turismo e todos os aspectos da vida quotidiana. Era uma época em que os jovens ficavam perplexos ante o número de possibilidades que se abriam para as quais nem mesmo os testes vocacionais produziam uma orientação segura sobre o que fazer. Os pais consultados, diziam: "façam aquilo o que gostam. É a melhor receita para o sucesso, além de garantir a felicidade". Mas os jovens se perguntavam: "O que eu gosto?" E muitas vezes passavam por sucessivos desapontamentos na vida profissional.
Nem sempre havia sido assim no passado e, ao que parece, não será assim no futuro. No passado, as profissões passavam de pai para filho nas grandes cidades. O filho de alfaiate era alfaiate, porque com o pai aprendia as técnicas do seu ofício. Filho de advogado ingressava no escritório do pai. Um pouco antes ainda eram mais fechadas as opções, as chamadas "guildas", associações de ferreiros, latoeiros, tecelões, tintureiros etc. que restringiam a seus descendentes o monopólio de suas tarefas nas velhas cidades medievais. Eram, em ambas as situações, retrato da sociedade tradicional que antecedeu à revolução industrial e as grandes cidades.
No futuro próximo, as coisas parecem estar tomando um novo rumo. Há um conjunto de técnicas básicas no campo da informática, tecnologia da informação, uso de recursos digitais que estão se constituindo o requisito básico para trabalhar em qualquer campo, assegurando a possibilidade das pessoas se moverem entre diferentes ofícios, pois todos usarão as mesmas ferramentas. Naturalmente, em cada um desses campos, um pequeno grupo de cientistas altamente especializados estará criando diferentes conteúdos específico. O grande trabalho, aquele que vai envolver a maior quantidade de gente, e isso enquanto não forem substituídos por máquinas que utilizem a chamada IA - Inteligência Artificial, estará no campo dos SERVIÇOS, aquelas atividades que conectarão os consumidores com os núcleos de produção.
Chegaremos, assim, à antítese da frase "faça o que gosta e terás sucesso e felicidade". O futuro parece ser o de quem adote como lema: "trate de ser feliz fazendo o que seja possível".
Essa perspectiva, algo sinistra, impõe que, desde já, se procure nichos onde o fator humano não seja descartável e que façam parte obrigatória das novas cadeias de produção e acesso ao consumidor. É algo que implica, além de considerações econômicas, o amadurecimento de uma nova visão de valores culturais orientando o consumo do futuro.
Esses esforços de criatividade e inovação devem se traduzir em novos modelos de relações de trabalho. A humanidade já pagou o preço altíssimo do ponto de vista social e ambiental por abraçar as três revoluções industriais anteriores sem preocupações éticas.
Cultura
Escute aqui. Fernanda Morais canta Santa Cecilia.
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