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Foto do escritorPaulo Castro

FELIZ


Paulo Castro - Paulinho do Cavaco

Pediu um chope e foi para a porta do bar. A lua cheia e um céu estrelado enfeitavam o som que saia da roda de samba. O canto envolvia os frequentadores, juntando solitários, amantes, namorados, casados, solteiros.


Sentia uma certa simpatia pelos primeiros, aqueles que sentam no fundo do bar, pedem uma cerveja e ficam observando o que se passa no ambiente. Por vezes, o olhar fica parado, sem expressão, como se o fato ocorrido trouxesse alguma lembrança, que só poderia ser desvendada dependendo do que aparecia em seu rosto: um pequeno sorriso ou um pressionar dos lábios.


Quem mais o impressionava era um senhor chamado Oswaldo, Seu Vadico para alguns frequentadores antigos e garções. Trocara com ele alguns “boas noites” e poucas conversas, por sinal bem agradáveis. Gostavam de temas comuns: música, literatura, futebol, política...Pode, assim, conhecer um pouco mais dele: 78 anos. viúvo, morava sozinho, tendo uma diarista para cuidar do apartamento. Descobriu que ele era uma pessoa interessante.


Duas atividades contrastantes moldavam a sua personalidade: de um lado, o policial civil aposentado; de outro, o cronista, com textos cujos temas eram personagens e situações que conheceu ou presenciou nos bares por onde passou. Quatro livros publicados. Na música, conhecia sambas antigos. Vez por outra, pedia um RÉ Maior aos músicos e mandava um Noel ou um Ataulfo. Era aplaudido por todos, e, nesse todos, estava Júlia, professora aposentada da UFRJ, frequentadora antiga, também viúva, e caso do Seu Vadico. Caso discreto conhecido de todos.

Esse pronome representava bem o espírito coletivo do bar.


Júlia morava ao lado do bar, em um belo apartamento, deixado pelo falecido. Assim como Vadico, gostava de música e literatura, da qual era professora com doutorado. Escrevia poemas. Esses gostos a aproximaram do Vadico, atė tomarem-se namorados, amantes, ou, como ela gostava de dizer: “somos!”! Começou a estudar pandeiro e a participar , ocasionalmente da roda. Gostava de Nélson Cavaquinho e,às vezes, se aventurava a puxar uma música do compositor. “A flor e o espinho” era a sua favorita.


Dois personagens interessantes e que gozavam da sua simpatia, O que mais o marcou das conversas com o Vadico foi o que q me disse em uma delas:

– Sabe, amigo, um bar, música, uma casa e um amor. Sou feliz! Simples. Brindemos!

 

Música é uma força poderosa na cultura e na economia criativa


A música é uma força poderosa na cultura e na economia criativa, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento social e econômico. Ela cria um senso de pertencimento ao conectar as pessoas por meio de experiências emocionais compartilhadas. Além disso, a indústria da música gera empregos e renda para músicos, produtores, técnicos e outros profissionais. A Cedro Rosa se destaca no setor da música independente por sua abordagem inovadora e compromisso com artistas independentes.


Reunião de Condomínio, com Paulinho Cavaco, no CD do Bip Bip


A gravadora promove a diversidade musical, apoiando artistas emergentes e oferecendo uma plataforma para vozes subrepresentadas. Isso não só enriquece a cena musical, mas também contribui para a inclusão social e econômica.


Muita música boa dos artistas Cedro Rosa, no Youtube. Escute.


Ao abraçar a música independente, a Cedro Rosa contribui para o desenvolvimento cultural e econômico, fortalecendo a indústria da música e promovendo a expressão artística.



Artistas Cedro Rosa, na Spotify.



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