Há algo de novo surgindo
Numa eleição altamente polarizada vale a pena votar no menos pior dos candidatos ? Qual é o papel do voto ?
A prática do voto útil, votar em quem não acreditamos, tentando evitar um mal maior, pode até ter a sua lógica mas deve ser usada somente em circunstâncias extremas.
Se todos desistem de votar em bons candidatos e candidatas porque as pesquisas apontam que eles têm pouca chance estão matando um dos grandes instrumentos da democracia, que é o incentivo ao surgimento de novos quadros. Votem, percam e repitam na próxima. Até emplacar o seu escolhido.
Compreendo que todos queiram votar em alguém que vai ser eleito logo mas precisamos entender que alguns candidatos só conseguem ser eleitos se além de muito bons, também sejam muito muito perseverantes. É muito difícil reunir o número de votos necessários. E ninguem vira, por mérito, presidente de uma grande empresa sem uma carreira de no mínimo uns 15 anos. Assim também há um tempo de aprendizado e de dedicação a seu sonho que cada candidato deve cumprir. E a parte do eleitor é fielmente ajudá-lo, não negando seu voto.
Vocês meus leitores podem pensar que esta introdução tem segundas intenções. Pedir voto para a Simone, por exemplo..
Quero , no entanto, chamar a atenção para o percurso que um candidato a político deve percorrer. Na atual eleição, no Rio de Janeiro, para ser eleito um deputado federal, são necessários quase 180.000 votos. Para um deputado estadual algo como 110.000 votos. Nada fácil embora em cada partido , os mais votados, os chamados puxadores da legenda, cedam seus votos que excedem estes quantitativos, para eleger colegas de partido, em geral mais uns 3 ou 4 nos grandes partidos. Mas pensar em ser eleito com menos de 50.000 votos próprios é quase impossível.
Daí o fenômeno brasileiro de eleger os Tiriricas da vida como no passado se elegia no passado o rinoceronte Cacareco ou o macaco Tião. O jardim zoológico tinha uma invejável bancada na Câmara dos Vereadores, então apelidada de A Gaiola de Ouro.
Gente que transforma a sociedade, assista aqui.
Esse desprestígio da política vem muito dessa praga do voto útil. Eu acredito que se alguém quiser verdadeiramente servir a sua comunidade, num cargo eletivo, deve se candidatar. E se dispor a repetir o feito por 3 ou 4 vezes. Ora , ora, vocês pensarão, é demais...
Não é não ! Esperar por 12 ou 16 anos para receber um mandato outorgado por dezenas de milhares de eleitores deve ser visto como algo natural. E os candidatos devem trabalhar nos seus negócios e no meio tempo, se superarem na ativa participação na vida comunitária. Não faltam possíveis frentes para que ele se dedique.E a seguir comento com alegria um fato vivido há duas semanas.
No dia 12 de julho organizamos na Casa Firjan, uma reunião com lideranças empresariais, gestores de ONgs e organizações filantrópicas, ativistas sociais ou promotores do desenvolvimento cultural.
Foi um espetáculo ver a energia dessa gente voltada a servir em caráter voluntário, ao Rio de Janeiro. A iniciante líder da Feira Crespa , que ja é uma referência no mercado de produtos para segmentos de renda média e baixa, a turma da Gisela do SOS Serra, os Falcõe e outros jovens líderes debatendo suas experiências ao lado da cara Clarissa do tradicional Banco da Providência, de mais de 60 anos de atuação, deram um show. São milhões de atendimentos que mudaram a vida de muitas famílias. Depoimentos fantásticos. Cooperação entre as entidades viabilizando melhores serviços.
Foi aprovada por aclamação a formação de um Fórum das Organizações Sociais. Claramente em alguns dos discursos vi nascer grandes esperanças de que deste meio, de empresários coordenados pelo Waltinho Cavalcanti e de ativistas sociais, surjam nossos políticos de amanhã.
Música brasileira de alta qualidade, escute nesta playlist no Spotify.
A velha guarda presente, assistiu. Uns preocupados com a energia que terão que empregar caso queiram acompanhar o pique desta garotada. É verdadeiramente algo novo ver o palacete da Casa Firjan abrigar este Fórum que nasce como uma espécie de resgate simbólico, da aliança, que abraça todos os membros da sociedade dos mais carentes aos mais abonados, em prol da construção de um Rio de Janeiro melhor, mais seguro, mais sustentável.
Música
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