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Foto do escritorLeo Viana

IDIOSSINCRASIAS



Ah, que desmazelo!

Da criação, da natureza mesmo, que nos encheu de pêlos, mas não nos permitiu morder o cotovelo.


Com esforço e flexibilidade há quem não se afaste muito dos pés ao crescer. Há quem, como crianças pequenas, ainda depois de adulto consiga morder os dedões que pisam o chão. 

Mas nem com todo o desvelo conseguirá lamber o cotovelo! 


Por que só a certa altura da vida, com certo espanto, nos é permitido saber, atônitos, que só o maxilar inferior consegue se mexer?

Há pouco, bem pouco no tempo da vida, soubemos que a rótula do joelho, aquela, tinha virado patela.


E a próstata e a orelha, que crescem na medida em que os homens envelhecem?

A altura, que geralmente diminui depois de atingir seu maior ponto? Pra isso, ninguém nos deixou prontos! E os que já são baixos, coitados? Condenados estão a terminarem ainda menores, mais compactos.


É injusta a biologia, que faz de vírus e bactérias, invisíveis no ambiente, inimigos mortais da gente.

Há amigos dentre eles, é verdade, mas são tão discretos que mal os notamos. 

Já os inimigos nos massacram, nos matam, nos deixam mal. 


Tudo, apesar dos pesares, natural.

Na estrada da vida - metáfora batida essa – o melhor é caminhar sem pressa. As decepções são muitas, mas todas levam a algum aprendizado. E fazendo errado a gente acaba aprendendo a fazer certo. 

Ou ao menos chega muito perto.


Mas falávamos da vida no que tem de involuntário, de ordinário, do que vem de fábrica, do que trazemos com a gente.

E não é diferente pra ninguém. Um problema ou outro sempre tem.

Seja o colesterol que sobe ou a glicose que incomoda.


As articulações que enferrujam e nos deixam crocantes, com estalos por toda parte, bem diferentes de antes, quando nossos corpos faziam diversas artes.

Há aqueles, como eu, que ao lamentar os pêlos onde eles não deveriam estar, esquecem-se que os perderam onde eles eram mais necessários. São infortúnios vários.


Ao menos, se em muitos casos sofremos derrotas estéticas, podemos não nos deformarna ética. 

Será mesmo? Pensando bem, muita gente dá defeito nos circuitos neurais. Mas também eles não deixam de ser naturais.

Enfim...


Já duvido até que tenha sido desmazelo e me contradigo sem precisar de interlocutor ou oponente.


É tamanhoa a legião de gente doente, e principalmente da mente, que seria deprimente ver seguidamente, a pé, motorizado, a cavalo ou num camelo, gente doida querendo morder o cotovelo.


Melhor assim mesmo.

 

 

Rio de Janeiro, junho de 2024.


 

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