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Literatura / ENCRUZILHADA

Léo Viana, para CRIATIVOS!



Léo Viana

Há quem diga que chegamos a uma encruzilhada civilizatória: ou batemos o pé em nome da defesa dos ideais que, misturados, deram na civilização pré-Trump/Bolsonaro ou nos rendemos e tiramos a máscara de uma vez, partindo pro abraço, pro vírus e pra esse conservadorismo estranho, de saia comprida, discurso militar, armas e liberalismo econômico radical, nesse excêntrico mix de Meio Oeste norte americano e Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro.


Verdade que, com todas as idissioncrasias possíveis, no mundo de alguns meses atrás ao menos se podia sair na rua.

Mas não é só isso o que está em jogo.

Se, por um lado, nunca deixou de haver no mundo manifestações de conservadorismo, algumas até respeitáveis, como o horário britânico do chá e a proibição do consumo de bebida alcoólica nos coffeeshops de Amsterdã, grande parte delas atacava liberdades fundamentais com relação aos direitos das mulheres, dos pobres ou das minorias étnicas ou de orientação sexual.


A sociedade plural, por anacronismo, preguiça ou liberalismo de costumes, admitiu diversos absurdos sem a menor cerimônia. Mas se permitiu chegar onde a sociedade dos séculos anteriores não permitiria, seja com a extinção da escravidão como instituição – e do tráfico de escravos como mero comércio atacadista -, seja com o fim da discriminação racial institucional em países como os Estados Unidos e a África do Sul.


De um dia desses pra cá, acrescente-se aí a possibilidade virtual de garotos e garotas, em qualquer parte do mundo, desestabilizarem a governança internacional a partir de seus quartos, desde quando, ao trancar a porta por dentro, trocaram as páginas de revistas sensuais por teclas conectadas à grande rede.


Especificamente no campo dos costumes, uma das lembranças mais recorrentes da guerra fria, que separou o mundo durante tanto tempo, é a rigidez de comportamento atribuída à esquerda. Ainda é fácil observar como se vestem as mulheres – e mesmo os homens – na Coréia do Norte. Mesmo na China, radicalmente aberta ao ocidente (ao menos até há uns meses atrás...), a vestimenta típica é conservadora se comparada ao vizinho Japão e ao resto do mundo. Naquele tempo, uma das formas de provocação era mostrar os corpos bronzeados do verão europeu ou americano como uma coisa inatingível para os oprimidos do leste. Pros jovens comunistas ocidentais, a ameaça era a inexistência de revistas de lazer do outro lado da Cortina de Ferro.


A chamada direita econômica capitalista, que radicalizou ao ponto de atentar contra o estado de bem estar da Europa, conseguiu trazer o leste de volta com a promessa de diversão para todos (incluindo comida, empreendedorismo e liberdade, não necessariamente nesta ordem), mas agora quer limitar o comprimento da saia e determinar, até pra quem já estava aqui, outros limites graves a serem observados. Não pode isso, não pode aquilo, não pode aquilo outro.


Pra piorar, a direita, agora mais truculenta que nunca, insiste em dizer que quer apertar o cinto em nome de uma pretensa “liberdade”.

Não se sabe onde a onda vai quebrar, mas não resta dúvida que além das estátuas que caem e devem continuar caindo (talvez mereçam lugar em museus. Os campos de concentração, talvez as mais cruéis obras da engenharia, viraram museus), urge derrubar quem, por falta de empatia ou por absoluto desconhecimento de história, nos obriga a fazer uma escolha tão sem pé nem cabeça.


Não dá pra afirmar que estivesse muito bom antes, mas havia brechas e nelas estava a possibilidade de construção de um futuro melhor.


A outra opção fecha todas as brechas.


 

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