MERCADO MUSICAL GLOBAL SUPERA US$ 40 BILHÕES PELA PRIMEIRA VEZ, DIZ ESTUDO em 06/11/2023
Matéria original UBC News, no link
Economista Will Page publica compilação anual com dados da música gravada, gestão coletiva e editoras — e vê recuperação total pós-pandemia
O economista britânico Will Page divulgou um estudo anual revelando um marco histórico na indústria musical em 2022, onde as receitas geradas por gravações, gestão coletiva e edição ultrapassaram US$ 40 bilhões pela primeira vez. Com um crescimento de 14% desde 2021, o valor total atingiu US$ 41,5 bilhões, solidificando a recuperação pós-pandemia.
Cedro Rosa Digital, música independente certificada
Page destacou o desempenho notável da gestão coletiva, que inclui sociedades de autores como a UBC, evidenciado por um gráfico no estudo. O crescimento mais significativo ocorreu nas organizações de gestão coletiva (CMOs), gerando US$ 11,4 bilhões em 2022, seguidas pelos selos (US$ 26 bilhões) e licenças diretas de editoras (US$ 4,1 bilhões).
Ele apontou que as arrecadações de direitos autorais aumentaram em um terço desde antes dos confinamentos de 2020, impulsionadas principalmente pela execução pública e usuários gerais. Page ressaltou que as receitas digitais dobraram desde 2019.
O economista enfatizou a ascensão da música no mercado do entretenimento, comparando-a favoravelmente a outros setores. Ele notou que o crescimento expressivo, especialmente na gestão coletiva, é uma tendência contínua, impulsionada pela reabertura dos espaços públicos, inflação e melhorias na identificação de conteúdo e licenciamento digital.
Page destacou um investimento crescente no mercado musical, exemplificado pelo anúncio do fundo Morgan Stanley Tactical Value de destinar US$ 700 milhões para adquirir catálogos musicais lucrativos em colaboração com a Kobalt.
Quanto aos ganhos dos compositores, Page mencionou um aumento percentual em relação às gravadoras, indicando um crescimento para 37% dos US$ 41,5 bilhões gerados em 2022, comparado aos 36% de anos anteriores.
O economista também discutiu o impacto do congelamento dos preços das assinaturas premium de streaming, sugerindo que a falta de alterações pode ter afetado os titulares de direitos autorais, enquanto comparava essa estabilidade com o aumento de preços do Netflix ao longo do tempo.
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Música pop independente, na Cedro Rosa Digital / Spotify
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