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Foto do escritorPaulo Eduardo Ribeiro

Mi Buenos Aires Querido



“A paixão que ele nutre por aquele lugar é realmente inexplicável”, é assim que os amigos se referem a ele quando o assunto é a cidade de Buenos Aires na Argentina.

Nunca esteve lá, nunca conheceu ninguém de lá, mas no fundo de sua alma ele sabe que alguma coisa muito além de sua imaginação acontece sempre que alguém fala algo relacionado a aquele país.


O fato de não acreditar em reencarnação, na verdade muitas vezes têm sérias dúvidas quanto às questões religiosas, afasta qualquer possibilidade de acreditar que em outras vidas pudesse ter nascido portenho, então como explicar a paixão pela cidade, por suas atrações turísticas, por sua culinária, por seu povo?


Na verdade ele se perguntou muitas vezes essas coisas, mas em todas elas desistiu de tentar entender e apenas se preparou para o dia em que poderá ver ao vivo todas aquelas coisas que tanto o encantam.

Desde criança era fã incondicional da Mafalda, personagem criada em 1963 pelo cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, mais conhecido como Quino, e uma de suas maiores vontades é poder um dia se sentar ao lado da boneca no bairro de San Telmo na esquina das ruas Chile e Defensa.


Aliás, é na “Calle Defensa” (os portenhos falam cache) que acontece todo domingo ao longo de dez quarteirões a famosa “Feria de San Telmo”, famosa desde 1970 pela venda de antiguidades, pelas curiosidades e os artistas de rua, além é claro dos dançarinos de Tango.

Poder passear numa tarde ensolarada pela Rua Florida ouvindo a cada esquina pessoas gritando “câmbio, câmbio, câmbio”, em diferentes tonalidades e velocidades é um sonho.

Tomar um sorvete de doce de leite, Galerias Pacífico é a melhor opção com aquela pintura linda no teto e que fica no cruzamento da Avenida Córdoba com a Rua Florida, mas de preferência pequeno por causa do açúcar, ou, como eles dizem por lá, um “cucurucho chico de dulce de leche”.


Eles dizem que o doce de leite de lá é o melhor do mundo.


Por diversas vezes se imaginou algumas horas sentado na praça de alimentação ouvindo os “hermanos”, num idioma que ele sabe não ser o dele e que tampouco domina.

Com certeza ficará escutando aquele som característico de várias pessoas falando ao mesmo tempo, aquele som entrando por seus ouvidos como se o próprio Gardel entoasse a plenos pulmões e apenas para ele a canção de amor dedicada a cidade.


Caminhar despreocupadamente por “Puerto Madero” numa tarde qualquer, afinal lá escurece tarde no verão, talvez numa daquelas tardes de Buenos Aires com uma chuva fina caindo em seu rosto depois de um dia ensolarado, comer em algum restaurante por lá mesmo, em qualquer um, talvez nos menos badalados como, por exemplo, o Brasas Argentinas, e depois atravessar de um lado a outro pela “Puente de la Mujer”, obra icônica do arquiteto espanhol, Santiago Calatrava só pra admirar a paisagem e, é claro, fazer algumas fotos..

“Deve ser lindo a noite...”


Ele sempre se deixa levar, distante em seus pensamentos simplesmente viaja quando pensa nessas possibilidades.

Ah Buenos Aires, com seus parques majestosos, suas bibliotecas, seu Jardim Japonês, suas obras de arte explícitas a cada esquina, seus monumentos, seus moradores passeando com seus cachorros e bebendo mate.

Ver de perto a Floralis Generica, escultura metálica do arquiteto argentino Eduardo Catalano que fica na Plaza de Las Naciones Unidas, entre a Avenida Figueroa Alcorta e Austria no bairro Recoleta, e que abre e fecha suas pétalas em horários pré-determinados de acordo com a estação do ano.


“Meu Deus, uma flor metálica imensa no centro de uma praça que abre e fecha suas pétalas...”.

O obelisco no centro da maior avenida do mundo, a Avenida 9 de Julho com seus 140 metros de largura e que atravessa o centro da cidade, onde se vê estampado no Edifício do Ministério de Obras Públicas na esquina com a Avenida Belgrano, o rosto de Evita Peron.

Mas é cruzamento com a Avenida Corrientes onde se encontra sua maior expectativa, afinal é lá que fica uma pizzaria que ele quer muito conhecer, a Pizzeria Gerrin.


Teatro Colón, a Casa Rosada sede da Presidência da República na “Plaza de Mayo”, o Café Tortoni, a Catedral Metropolitana (de onde saiu o Papa Francisco), e se o tempo ajudar uma esticada até Delta do Tigre para comer uma empanada no “Puerto de Frutos”, ele só não decidiu ainda se irá de trem, utilizando uma das duas opções, Retiro - Tigre pela linha Mitre TBA, Retiro - Delta pela linha Mitre TBA + Trem da Costa ou se irá de barco pelo Rio da Prata. Decisão difícil.


O que explica todo esse planejamento, toda essa vontade de conhecer esses lugares toda curiosidade acerca de um país que no fundo ele sabe não se resume apenas a Buenos Aires, mas que de alguma forma sempre esteve em seu imaginário ele não sabe, mas é exatamente por esse lugar que ele pretende iniciar sua aventura um dia.


Tem tantas outras coisas para fazer, para falar, mas por enquanto é o suficiente.

Ele tem consciência que é besteira entrar em polêmicas sobre futebol ou política, mas ele está preparado para se aventurar, ele sabe que quando o ouvirem conversando em Português, com seu característico “acento” arrastado cheio de “aõs” e “inhos”, saberão de onde ele é, e se algum portenho bom de papo começar a puxar assunto ele estará preparado, por que os argentinos são muito bons nisso, mas ele também é.


 

Esse artigo na verdade é uma declaração de amor a essa cidade tão acolhedora, tão maravilhosa e que sempre me recebeu tão bem. Todas as recordações estão gravadas em minha mente e em meu coração para sempre, por isso toda vez que me perguntarem o que eu tenho a dizer a respeito de Buenos Aires, simplesmente direi: “Mi Buenos Aires Querido”!

Ah, ia me esquecendo... O doce de leite de lá é sim o melhor do mundo, pelo menos do mundo que eu conheço.


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!


 

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