MUITO ALÉM DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
A transição energética parece ser factível, embora custosa. A mudança da mentalidade e da filosofia de vida da população mundial é que representa o grande desafio do século XXI. Sem ela, as ameaças à vida na Terra permanecem.
O mundo precisa urgentemente migrar da forma em que a energia é produzida convencionalmente - que polui, provoca mudanças climáticas e consome em excesso recursos naturais - para formas mais limpas e sustentáveis. Muito mais desafiante, porém, é a verdadeira refundação do estilo de vida a que nos acostumamos. Isto implicará em mudanças na dieta alimentar, nas formas de produzir alimentos e no emprego de muitos recursos de nossas reservas financeiras para restaurar a natureza, para que esta tenha condições mais próximas das originais. A degradação climática que assistimos é efeito. Temos que agir sobre as causas.
Na próxima semana, em Glasgow, na Escócia, a conferência mundial da ONU deverá reforçar a urgência de se reduzir as emissões de carbono. Hoje elas ocorrem ao produzirmos alimentos, desmatarmos florestas, produzirmos e transportarmos bens, e, claro, nos deslocamentos de nossos veículos. Vale também destacar que quase metade das emissões é proveniente apenas da climatização artificial de nossos ambientes.
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Oitenta por cento da energia empregada para isso é oriunda de fontes fósseis, ou seja, de carvão e petróleo acumulados em camadas geológicas subterrâneas há milhões de anos - e que atualmente são extraídos e utilizados avidamente nos mais variados equipamentos que inventamos e que caracterizam nossa forma moderna de viver. Nosso mundo já possui 8 bilhões de habitantes e continua a crescer aceleradamente. Não conseguimos ainda resolver os problemas de fome e saúde de uma apreciável parcela de seus habitantes - e não podemos continuar na mesma marcha destrutiva.
Para coibir tais emissões, considera-se desde a criação de uma espécie de multa, a taxa de carbono, a ser cobrada daqueles que mais emitem, até mudanças obrigatórias - regulatórias - em todos os processos que produzem emissões estimulando-se o surgimento de alternativas de equipamentos produtores e consumidores que utilizem apenas energias limpas não poluentes.
Os meios científicos fixaram sua prioridade: o mundo tem que passar por uma transição energética. Assim como no passado houve a transição do carvão vegetal e lenha para o carvão mineral, e, depois, deste para o petróleo e o gás, agora, para alguns, bastaria que se trocasse a energia fóssil por outras de origem limpa.
Infelizmente, porém, tal mudança (que já não seria fácil) não seria suficiente. A mudança necessária é muito maior e deve começar pela mudança das mentalidades dos dirigentes públicos, dos líderes das comunidades, dos influencers e dos formadores de opinião. Isto porque a questão é muito ampla e resulta do efeito combinado de mudanças tecnológicas com mudanças de paradigmas de nossa sociedade. Evoluímos do meio predominantemente rural para uma crescente e desenfreada urbanização, onde fatores como o alongamento das expectativas de vida e a redução das taxas de natalidade se acrescem à perda de referências culturais que por séculos determinaram o que seus membros entendiam como como a ordem natural das coisas.
Assim, estão ocorrendo significativas alterações no conceito da família, da propriedade individual, da formação de clãs e tribos, da identidade dos homens com a sua terra natal ou com seus parentes consanguíneos, do conceito de polis ou espaço político comunal onde as decisões compartilhadas devem predominar...
Um mundo LGBTQIAP+ está emergindo. As unidades familiares não buscam necessariamente a reprodução ou afeto mútuo. Talvez, mais o interesse mútuo, a descendência pode ser assegurada por processos de fertilização in vitro e com as crianças crescendo em barrigas de aluguel. Em suma, e para não nos estendermos, em tudo que já é possível o mundo se depara com rupturas em relação ao tradicional.
Não estamos, portanto, frente a apenas a transição energética e sim frente a possibilidades de avatares e metamorfoses totais que implicam em refundação da maneira que a espécie humana convive com a Terra. A espécie humana pode vir a dar origem a outra, diferenciada. A ciência que pode acelerar este processo deve ter limites éticos? Quem os deve dar? O que queremos do futuro?
Devemos pensar e estabelecer com clareza princípios e valores para conduzirmos nossos atos. Não modismos. Criatividade sim e sempre, mas com ética, princípios sólidos e preservação da nossa identidade, em conformidade e respeito com a natureza da nossa espécie.
O que enfrentaremos, portanto, vai muito além da transição energética e demanda a revalorização do que somos: um animal gregário, cooperativo, que cuida de seus filhos até certa idade em que eles possam sobreviver dignamente, que se realiza em sociedade, que é tolerante com a diversidade e que têm zelo e responsabilidade muito grande em relação ao próximo e à natureza. Sem a natureza e seus exemplos, acabaremos quebrando o equilíbrio que nos viabilizou como espécie. Não podemos correr o risco de nos transformar em seres mutantes, a exemplo desses vírus que estão por aí, que nascem em laboratórios, escapam do controle e saem, em variantes infindáveis, destruindo milhões de pessoas.
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