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Foto do escritorJosé Luiz Alquéres

Não olhe para cima




Está no streaming o filme "Não olhe para cima", para quem quiser ver.


É interessante a enorme polêmica que ele tem causado nas redes. Ninguém tem achado o filme mais ou menos. As pessoas o adoram, ou o apontam como fraquíssimo.


Não sendo crítico de eventos culturais, costumo aplaudi-los. Quanto mais, melhor. Quanto mais polêmico, melhor. Isto porque mais gente se interessa em ver, comentar, se instruir e até criar algo em cima do que viu. Em outras palavras, não julgo, analiso.


Para melhor me desincumbir da tarefa, criei um artigo e um método de avaliação, inspirado talvez na lembrança de outras avaliações de narrativas literárias, radiofônicas e cinematográficas que já tive a oportunidade de ver/ouvir ao longo da minha vida, sabe lá Deus quando.


Há um certo grau de spoiler inevitável quando se faz um artigo deste tipo. Sendo assim, se você, leitor, pretende ver o filme totalmente cru, sem se deixar sugestionar, não leia o artigo antes.


Ouça Café Musical, a Playlist da Spotify.



O primeiro ponto a analisar é o tema. Excelente e oportuno, que pode ser resumido no dilema entre o público preferir, a respeito de qualquer assunto atual (vacina, pandemia etc ), a visão da ciência ou a da opinião pública. A visão de cada um é, em geral, eivada de um viés de conveniência e no filme expressada pelo comportamento de pessoas comuns ouvidas em pesquisas, reality shows, âncoras de noticiários de TV e outras formas atuais de apresentação de fatos ou tendências. Aí vale a boa psicologia das massas estudada por Gustave le Bon, Freud, Elias Canetti e Hannah Arendt: falou em massa, falou em nivelar por baixo.


O segundo ponto é a trama. No caso presente, um hipotético choque de um asteroide com a Terra e as inúmeras possibilidades que isso enseja: uso político por parte de um presidente da república para se reeleger, de um milionário para ganhar dinheiro, das redes de noticiário manterem espectadores cativos, das autoridades científicas gerarem polêmicas etc. Trama de situações conhecidas e esperadas, talvez razoável para público que segue fatos sem atentar para suas causas. Neste ponto há um alerta, porque existem temas que não devem ser matéria do "achômetro" do publico. São sérios demais. Contudo, para quem já se pergunta sobre as causas, a trama é primária e levada de forma simplista e caricata.



Playlist de músicas românticas, no Youtube.



O terceiro ponto é a consistência dos personagens criados, o que não tem a ver com as razoáveis interpretações de alguns dos grandes atores atuantes. A meu ver, personagens bisonhos, estereotipados, modelos dignos de programas humorísticos de terceira categoria.


O quarto ponto é o estilo da narrativa cinematográfica. Aqui, extremamente pobre. Entre outros motivos, porque o que deveria ser propósito, fluência ou suspense não existe. O filme é uma sucessão de "gags" e de pedaços divertidos ou menos divertidos, em que mais se deve lamentar o mau uso de grandes atores do que qualquer outra coisa. Além disso, há um extemporâneo envolvimento amoroso de personagens ou uma melancólica última ceia familiar que junta os desencantados cientistas


O grande tema, e muito atual, no Brasil e no mundo, torna-se assim quase imperceptível. Isto porque seus porta-vozes são fracos. Na vida real, não convenceriam ninguém mesmo. Tem-se a impressão que o interesse do espectador para assistir o filme é o mesmo que o de quem assiste um Zorra Total ou programa similar.


Por fim, você percebe que o filme acabou e se levanta, mas nem isso ocorre. Há, ainda, um epílogo desastrado, tipo a humanidade vai começar tudo de novo dentro de 20.000 anos.


Até lá, então! Tenhamos paciência e esperemos que o nível melhore.


José Luiz Alquéres, do IHGB - Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.


 

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