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Foto do escritorMarlos Degani

O CENTRO DO RIO



Desde que passei a trabalhar, quase sempre foi lá pelo Centro do Rio. Morador da Baixada, quantas vezes mofei em conduções por várias e várias horas, especialmente em épocas de carnaval, final de ano e na ocasião de algum acidente no trecho, para chegar ao trabalho. Quem trabalhou por lá não se acostuma mais em outro lugar, principalmente para almoçar e beber um chopinho depois do expediente.


O melhor sanduíche? Paladino, ali na Mal. Floriano. Lá tinha um cozinheiro que trabalhava há mais de 50 anos na casa que foi inaugurada ainda no comecinho do século passado. Ele não fazia comida, tipo arroz e feijão. O papel dele era o de fritar ovos e fazer de tudo com eles. Ovos fritos de todos os tipos e texturas, e omeletes magníficas. Comer dois pãezinhos fatiados com dois ovos fritos no Paladino, e um suco de laranja é o que havia de melhor e mais gostoso (e ainda é).


Se não quiser ovos e congêneres, há opções de sanduíches: queijo-do-reino, presunto parma, mortadela, chester e peito de peru defumados, provolone e linguiça calabresa. Sugestão: um triplo na canoa (aos desavisados: canoa é aquele pãozinho completamente sem miolo — quase só a casquinha) com queijo prato, presunto parma, ovo frito com cebola passada no molho inglês e suco de laranja bem gelado. Simplesmente irresistível.


Agora... Que tal uma salada de batatas geladinha com dois salsichões grelhados (lotados de mostarda escura) acompanhados de um chope na caldereta de 400 ml vindos de uma serpentina de 300 metros de comprimento? Ou quem sabe um escalopinho ao molho madeira com torradas de pão preto? Ou uma bisteca fritinha com arroz e batatas cozidas? Bem, o Bar Luiz, na Rua da Carioca, era o endereço para você saborear essas delícias. Até hoje o Bar Brasil funciona, na Mem de Sá, que tem o mesmo chope e um cardápio semelhante em alguns acepipes.


Está disposto a torrar algumas verdinhas a mais para almoçar? Sem problemas! A pedida era a Marius, Churrascaria Pampa Grill e mais uma penca de lugares bacanas e de cardápios internacionais especializados. Tá duro? Tem a Laranjada Americana, lembra? Aquela que é servida até hoje no copo de papel. Noves fora as infinitas carrocinhas de cachorro quente e de X-Tudo (aliás, esse negócio de X-Tudo é mesmo fantástico; uma aula inesperada da forma como nos adaptamos às adversidades de maneira engenhosa, inteligente e ironicamente debochada da realidade) que eram espalhadas por todos os lugares possíveis e inimagináveis.


O Centro do Rio possui uma aura diferente, uma certa malandragem suspensa no ar que o torna dono de becos, vielas, de pequenos comércios seculares, de cantinhos por onde ainda se encontram costureiras que cirzem um buraquinho no seu terno perfeitamente, onde se encomendam camisas ou mesmo um panamá para ornar a minha cabecinha careca. Podemos passar na Confeitaria Colombo, comer um pastel de Santa Clara ou visitar o CCBB na 1º de Março e, depois de explorar as novidades do local, pedir um Café Imperial no restaurante lá de cima. Dia de pagamento? Então era a hora daquela passadinha religiosa no Esch Café, ali na Rosário, para degustar um Patargas, beber dois ou três expressos bem fortes, uma água mineral e ler um jornal na santa paz de Deus.


Nunca imaginei que todo aquele universo misturado faria tanta falta e que pudesse despertar esta imensa saudade. Já trabalhei em três lugares diferentes por ali e sempre descobri novas maravilhas, novos becos e os quase invisíveis pés-sujos dos ovos amarelos, cor-de-rosa, e das linguiças retorcidas.


O Centro do Rio me ensinou a ser mais carioca, mesmo morando na Baixada.


 

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