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Foto do escritorMarlos Degani

O  CHAMADO (SEM MEDO NEM ESPERANÇA)




Já tenho idade suficiente para usar a expressão “no meu tempo” e nos anos 70 e 80 assistir novelas era coisa de mulher e claro que isso foi diminuindo com o passar do tempo até acabar por completo eu peguei a fase de transição e sempre foi bem engraçado observar homens noveleiros eles desconversavam quando o assunto reinava sobre determinada novela ficavam vermelhos de vergonha e poucos homens admitiam a audiência não meu caso porque tenho grandes novelas no bolso do meu colete muitas me divertiram ainda mais no meu caso um menino pobre pobre de marredeci criado apenas com a geladeira e uma TV mequetrefe de aparelhos elétricos dentro da casa mais duas irmãs cachorro pai e mãe e lembro bem de várias que causaram empatia tais como Guerra dos Sexos Ti Ti Ti Roque Santeiro Paraíso todas da Rede Globo e a de maior impacto visual foi Pantanal da Rede Manchete marcando a história da televisão brasileira meu Deus o mundo era diferente demais lembro também dos festivais de música MPB Shell de várias eliminatórias e a grande final transmitida do Maracanãzinho emoção imensurável vindas das músicas a expectativa do anúncio das classificadas não posso esquecer a finalíssima da primeira edição o Eduardo Dussek entrando de motinha no palco para cantar Nostradamus o espetáculo de Raimundo Sodré com A Massa a encenação magistral de Mira Ira e Jessé com Porto Solidão eu na sala pequenina vidrado na TV com aquela imagem fantasmagórica de antena de bombril de supetão esta crônica terá de tomar outro rumo porque hoje é dia 23/10 o meu monitor marca 10h26 ontem tive rara insônia e por volta das duas da manhã de hoje espocou na cabeça a lembrança da canção O Chamado da Marina Lima peguei o celular pus os fones e escutei a canção que há muito não visitava e duas da manhã aqui são sete da manhã na Suíça horário provável em que o poeta Antonio Cícero estava prestes a consumar a eutanásia assistida ou consumado há pouco tempo incrível como parece o poeta voando pedindo essa música estou velho para acreditar em coincidências a letra diz “Vou seguir o chamado/E onde é que vai dar?/E onde é que vai dar?/ Não sei/Arriscar ser derrotado/Por mentiras que vão/Mentiras que vêm punir/Um coração cansado de sofrer/E de amar até o fim/Acho que vou desistir” quem arriscaria dizer da vida sem surpresas para quem quer que seja essa ideia de você ter a opção de escolher dar fim na sua trajetória pode ser algo avançado o cúmulo da liberdade pessoal tudo bem sem discussão isso soa de modo estranho especialmente por aqui nos trópicos subdesenvolvidos de quinto escalão onde as pessoas não têm a opção de uma educação pública de qualidade e libertadora não tem educação financeira sexual emocional nadica de nada e são escravas completamente abandonadas desse sistema político atravessado pela goela em nome da democracia atualmente na UTI mas é a única forma não existe nada melhor do que ela dona de distorções e de velocidade excessivamente morosa e contradições à flor da pele mas não tem nada melhor do que ela mas não tem nada melhor do que ela saibam disso boquirrotos da ditadura obrigado pela visita poeta venha novamente da sua casa nova e inspire outras descobertas seja bem-vindo aí e aqui sugira canções versos iniciais nomes de poemas reflexões filosóficas rimas motes guarde o meu obrigadíssimo por sua existência digna por ter sido um amigo valoroso para os seus e sim fará falta nesta terra de imbecis siga em paz em luz em harmonia Evoé Antonio Cícero.


 

A Economia Criativa é responsável por 3,11% do PIB brasileiro, de acordo com um estudo recente publicado pelo Itaú Cultural. Esse setor gera milhares de empregos e milhões em renda, sendo considerado estratégico no mundo no conceito de soft power.


Escute essa playlist instrumental de violão solo, repertório Cedro Rosa.



 

A Cedro Rosa Digital tem contribuído significativamente para esse cenário, com a produção de discos e filmes históricos, como o projeto "+40 Anos do Clube do Samba" e a minissérie "História da Música Brasileira na Era das Gravações".



DUBAI 2024 - A Cedro Rosa levou a cultura e a tecnologia brasileira ao Oriente Médio



Além disso, representa criadores de grande importância, como Donga, autor do primeiro samba gravado no Brasil, e Mário Lago, um renomado ator e compositor. A plataforma da Cedro Rosa Digital  também certifica obras e gravações internacionais, gerando direitos autorais para milhares de criadores independentes ao redor do mundo, consolidando-se como uma ferramenta de inovação e valorização da cultura global.


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