Orquestra da Nobreza
Eu e Chris não parávamos de discutir sobre a eficiência vs. a ineficiência da máquina de lavar pratos, que é praticamente nova. Ele ficava uma fera quando eu me queixava que essas máquinas fazem um serviço “pra inglês ver” como diz a expressão. A não ser que se dê uma lavada antes no que se vai botar dentro dela, devolve os talheres com comida grudada que ainda é mais difícil de remover, ou marca de batom ou, ainda pior, uma camada azulada em volta dos copos que deve ser feita de restos de sabão da água que enxagua tudo em comum, depois de duas ou três horas gastando energia elétrica e água quente, o que na California se deve poupar.
Mas Chris afirma que a máquina usa menos água do que se tudo fosse lavado a mão, e é super determinado a economizar as reservas do planeta. Uma vez, por exemplo, todo mundo recebeu avisos no iPhone pra desligar todos os aparelhos elétricos durante sei lá quanto tempo, para que não rolasse falta de eletricidade.
Acabei conseguindo transformar a irritação de Chris em riso, quando um dia lhe perguntei, a respeito da mesma máquina:
“Será que a ‘majestade’ vai conseguir lavar isso?”
A partir daí, ele próprio passou a se referir a ela como “majestade”, e os conflitos acabaram. Mas sei lá por que, a máquina de lavar roupa também se porta mal, na California. Alguns dizem que é a qualidade da água daqui que é muito química. Muitas roupas brancas que eu tenho ficaram quase bege, mesmo sendo lavadas só com outras roupas brancas.
“Isso é serviço pra inglês ver!” eu gritava a cada vez que as tirava de dentro da secadora.
Todos esses aparelhos são últimos modelos, cheios de luzinhas e opções de lavagem, tipo com água mais quente, ou água mais ou menos, ou água gelada, opções de também planejar a hora do seu serviço começar, isso, aquilo, etc e tal, e ainda tocam cada qual a sua musiquinha pra avisar quando acabam a tarefa que lhes foi determinada.
“Ti ru ri ru ri” canta um. “Ru ri ru ra ra” faz o outro, “Pam para ram pam, tam tam” avisa o terceiro.
Claro que hoje em dia é impensável esperar que se lave roupas `a mão. Coitados daqueles que são, ou eram pagos pra isso. E mesmo enviando tudo pra algum serviço profissional, que vem pegar as roupas na sua porta pra devolver também na sua porta, deixam muito a desejar. Não é atoa que os americanos inventaram a calça jeans e um tipo de roupa que ganha charme quando fica maltratado e gasto. Agora então, o suprassumo da moda na California são roupas bastante caras mas meio que esfarrapadas, remendadas, e super largas.
Afora isso, vão além do tamanho dos modelos, as calças cobrem os sapatos deles e ainda se arrastam pelo chão. Esses modelos que as exibem são californianos de expressão negligente, tipo “não tô nem aí”, ou até doentia. Mas hoje em dia, o que é “Made in USA”, ao invés de Made in China ou in Korea, já sai ganhando.
Pra mim, até aí tudo bem, mas quanto à cor branca, ela deve continuar imaculada e a máquina de lavar roupa que se toque. Mas é outra majestade, essa princesa branca. E o aspirador de pó, coitado, é o mais justo no que faz e não toca musiquinha nenhuma, é humilde. Talvez por isso não tenha ganho título de nobreza.
Quanto ao micro-ondas, esse arauto do calor imediato, ao produzir também sua sequência de sons quando acaba de esquentar alguma coisa, foi dedurado pelos “health freaks” (maníacos de saúde) por tirar, dizem eles, o valor alimentício do que esquenta. Mas pra quem ama café, e leva um século pra beber uma grande xicara, como eu, ele tem que ser usado mais de uma vez pra manter o calor que é a marca registrada dessa bebida maravilhosa, principalmente de manhã. Tem pontualidade e rapidez principesca, e nunca reclamo dele.
Há muito tempo, já notei que os americanos descansam sua mania de limpeza na química dos detergentes. Já vi nas piscinas de bons hotéis, eles se servirem das toalhas com que se enxugam, para também enxugarem o chão, e o detergente que resolva o problema. Pra mim é nojento passar no corpo o mesmo tecido que, mesmo limpo e desinfetado, foi também usado como pano de chão, talvez pelo conflito entre essas ideias na nossa cabeça, ou por desrespeito pelas toalhas. Devido `a química desses detergentes, nesta época em que devemos nos restringir causar resíduos tóxicos para o planeta e nós mesmos, já procuram substitui-los por outros que não são tão eficientes, mas dizem serem “Eco friendly” (amigos da ecologia).
Entre a limpeza e o bem da terra, a gente tem que se equilibrar. E entre honrar a nobreza mecânica e se revoltar contra ela, melhor deixar “Pra inglês ver”.
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