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PAUSA PARA REFLEXÃO SOBRE A ABOLIÇÃO

Foto do escritor: Carlos Alberto Afonso TOCACarlos Alberto Afonso TOCA


Jornal do Brasil 1º Caderno Edição 12 de Maio de 1972



Em 1972, logo no comecinho de Janeiro, dei uma chegadinha à velha rua Montenegro para ver de perto, pela primeira vez, um grande ator do cinema brasileiro de quem, além de gostar demais, profissionalmente, um dado de perfil pessoal – que eu já conhecia – me levava a uma enorme admiração : a força de uma inesgotável DETERMINAÇÃO que lhe trouxe de Uberlândia para o Rio de Janeiro pela convicção do próprio – e grande – talento. Aliás, já tinha GRANDE no nome adotado e com o qual se notabilizou : GRANDE OTELO.


Naquela noite, em Ipanema, Sebastião Prata gravaria suas mãos na placa de cimento nº 13 - de uma sequência de 19 sugerida ao restaurante-palco pelo saudoso Jornalista Reynaldo Jardim - e, assinando embaixo, Grande Otelo. Aliás, 3 anos antes, em Outubro de 1969, eu fiquei sabendo sobre as placas, exatamente na noite em que Os Mutantes gravaram suas mãos. Agora, em 1972, sabendo com antecedência, eu me organizei e... fui lá. Eu morava pertinho, em Copacabana, na rua Santa Clara. À época dos Mutantes, à noite, eu vinha de meu curso de Letras na Gama Filho. Já, agora, em 1972, eu vinha do Colégio em que começara a trabalhar em Março de 1970.


E minha visão daquelas placas não se limitava às deliciosas farras nem a possíveis pretensões mercadológicas. Eu via aquelas placas, desde sua alvorada, como as vejo hoje : um instrumento de ação sócio-educacional e um Monumento à PRODUÇÃO que – quando as adquiri, mais tarde, em 2003, dos proprietários do restaurante, que já não existia mais, rebatizei com fundamental traço diferencial à matriz americana da idéia de Jardim. Falo da imprescindível referência local de dimensão nacional e internacional, falo de IPANEMA. E fui, então, à velha Montenegro para assistir ao Ato de gravação das mãos de GRANDE OTELO para a ‘Calçada da Fama’ – à época – que, a partir de 2003, viraria ‘Calçada da Fama de Ipanema’ – Marca que registrei – e daria um salto do contingente antigo, que estacionara nas 19 placas para o efetivo presente de 124 placas. Vi Grande Otelo fazer isso. Foi a primeira vez que o vi pessoalmente. Mas não foi a última, pois, poucos meses depois – em Maio do mesmo ano de 1972 – num belo dia, saí de minha rua – a mesma Santa Clara -para a paralela muito próxima – Siqueira Campos. Dei uma entradinha na Ladeira dos Tabajaras – onde morava o ARTISTAÇO DO CINEMA BRASILEIRO – e formulei um CONVITE-PEDIDO.


Professor de Literatura e, já naquele ano, coordenador-geral do excelente Colégio Atenas, em Madureira, eu queria envolver a GAROTADA de !º e 2º graus em um MOMENTO de REFLEXÃO bem, muito bem motivado, sobre a ESCRAVATURA, no dia de CELEBRAÇÃO DA ABOLIÇÃO. E – resumi para nosso especialíssimo solicitado – o pouco que eu conhecia de sua trajetória, amalgamado ao tanto que eu-e-todo-mundo curtia seu desempenho – era mais-que-suficiente para monumentalizar sua coragem e determinação desde a ação migratória e, a partir de um contato com a galera e a galerinha do Colégio Atenas – que, infelizmente, muitos anos depois, foi desativado, ter convicção da ação vitoriosa.


SUA PRESENÇA seria, portanto, a insuperável motivação, PARA , dentro de cada um, TRANSPORTARMOS e ADEQUARMOS, socialmente, aquele quadro de 1888. Trocando em miúdos, GRANDE (ENORME) OTELO topou. Em 12 de Maio de 1972, passei em sua casa e rumamos para a minha amada PÁTRIA DO SAMBA. O JORNAL DO BRASIL cobriu o evento e, pelo mérito, consagrou-lhe mais-que-nobre espaço. As crianças, os adolescentes, o corpo docente e a administração do Colégio Atenas, com absoluta certeza, jamais esqueceram e jamais esquecerão nossa PAUSA PARA REFLEXÃO SOBRE A ABOLIÇÃO.


No ano seguinte – 1973 - ninguém, no Colégio, cogitava de não se realizar novamente a PAUSA PARA REFLEXÃO SOBRE A ABOLIÇÃO, que será objeto de nossa publicação, aqui, na CRIATIVOS ! – é claro – na próxima segunda-feira, dia 24 de Maio.


Carlos Alberto Afonso TOCA, em 17 de Maio de 2021.


 

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