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Foto do escritorJosé Luiz Alquéres

Por onde começar




José Luiz Alquéres


O país vivia um ambiente de extrema ebulição. Nas grandes cidades, a afluência de imigrantes das mais variadas procedências e de antigos escravizados provocava constantes agitações sociais. A qualidade da infraestrutura e as precaríssimas condições sanitárias vitimavam as populações concentradas nos bairros mais pobres. O movimento de interiorização provocado pela expansão da malha ferroviária levava a confrontos permanentes entre os indígenas e os colonizadores, que expandiam a fronteira agrícola.


O quadro político no país refletia essa situação, com elites urbanas e grandes interesses agrícolas comandando o Executivo e o Legislativo, mas sem valorizar as instituições do Judiciário e das agências reguladoras que poderiam levar alguma disciplina ao ambiente econômico e social. Grandes fortunas se faziam, muitas vezes tendo à testa empresários de duvidosa moralidade. A história os denominou “robber barons”, barões ladrões. Hoje seus nomes são lembrados como beneméritos de instituições culturais que fundaram.


Naturalmente estou falando dos Estados Unidos da América na virada do século XIX para o XX. Naquela ocasião, um grupo de descendentes da elite que havia lutado pela independência do país, refletindo sobre o triste resultado que a pátria idealizada por seus antepassados havia chegado, resolveu promover uma virada no processo de degradação moral e de destruição de valores que assistia.


Para isso, decidiram que a predominância de uma educação voltada ao “make money, honestly if you can, but make money” que havia predominado e feito do país uma grande potência econômica, mas um desmoralizado membro da comunidade internacional, deveria dar lugar à uma nova cultura que integrasse os diversos segmentos da nação em um projeto comum de virtuosa concepção.


Patrocinaram, então, a fundação de vários colégios e universidades, com o cuidado de escolher professores e reitores de reconhecida capacidade moral, humanística e técnica. Uma dessas escolas foi fundada pelo pai de Franklin Delano Roosevelt, um homem de importância no quadro político do interior do estado de Nova York, que para lá encaminhou o seu filho.


Trinta anos depois, ao ingressar na política e ser eleito governador de Nova York, Franklin Delano recebe uma carta, hoje emoldurada na mansão familiar em Upstate New York, em que a sua mãe lhe diz: “Com sacrifício vamos aumentar a sua mesada para você poder se conduzir como político, sem depender dessas vergonhosas barganhas que a classe política é obrigada a praticar”.


Ao lermos a descrição acima, verificamos que não é uma situação muito diferente aquela que os Estados Unidos viviam na ocasião e a que vivemos hoje no Brasil, inclusive com o patético colapso de empresas dirigidas por executivos idolatrados por um jornalismo vicioso. O que mais nos preocupa, porém, é que ainda são incipientes as iniciativas de reforma do ensino, apesar de ações de pessoas como Viviane Senna, Milu Vilella e entidades como Todos Pela Educação, Fundação Bradesco e Firjan Rio.


Nos Estados Unidos, ao chegar à presidência da república em 1932, Franklin Delano Roosevelt enviou e aprovou no Congresso, nos primeiros 100 dias de governo, um pacote de leis, denominado New Deal, que promoveu maior desenvolvimento econômico em vastas regiões do interior do País, a redução drástica da pobreza, a reforma bancária, a reforma da lei das sociedades anônimas, o ato federal de eletrificação rural, a moralização das agências reguladoras e um grande programa de obras públicas, em conjunto com atores privados, que reverteu a situação deplorável com que encontrou o país.


A agressão sofrida por parte do Japão e o envolvimento da grande economia em um projeto internacional de liderança das nações democráticas contra aquelas de ideologia totalitária consolidou a presença mundial econômica e cultural do modelo norte-americano de vida.


O Brasil não precisa de uma guerra, na expressão convencional do termo, para ordenar suas forças vivas em um projeto grandioso, que o momento histórico aponta ser o da promoção da sustentabilidade do planeta. Ele precisa ter clareza de objetivos, respeito à cultura e, qual os pioneiros americanos, uma grande reestruturação do seu sistema educacional, sem o corporativismo que hoje o engessa, sem a manipulação política que o distorce, com maior eficiência no uso dos, não poucos, recursos que já lhe são encaminhados e, especialmente, com lideranças de grande conhecimento e reputação ilibada.


 

ARTE, CULTURA, SOCIEDADE.


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