Pra Ilda, com Amor
EU TÔ MAIS TRISTE DO QUE QUERIA
TÔ MENOS VERSO DO QUE POESIA
TÔ MAIS REVERSO DO QUE ALEGRIA
TÔ MAIS ESCURO QUE A LUZ DO DIA
Eu sempre fiz muita merda demais na minha vida.
E, nem sei bem porquê, sempre tive quem me amasse o suficiente pra tentar dar um jeito nas minhas merdas.
Não tenho espaço no meu caderno pra enumerar essas gentes.
Mas quero falar de duas em especial.
Hilton e Ida.
Ele e ela de algum jeito me adotaram, como adotaram centenas de outras crianças.
Hilton foi um paizão de todos nós que vivemos sob sua ideologia.
Velho comunista que agora se foi.
Adeus, companheiro camarada.
Mas hoje quero falar da Ilda.
Quem olha pra ela, não tem como não se apaixonar.
Olhar de mãe, mulher, amante, amiga.
Tudo aquilo que explica a vida.
E tem mais.
Quem nunca viu e ouviu a Ilda sorrindo, rindo e gargalhando eu afirmo que não sabe bem o que é viver.
Por isso, Ilda, e por muito mais, eu hoje te dedico a minha tristeza.
Não, não quero falar daquele mau humor mentiroso e nem daqueles discursos apaixonados em favor do povo…
E nem daquele imenso amor que ele tinha pela Portela.
Hoje quero falar de você, Ilda, mulher quase absoluta.
Que fez e faz o Candongueiro acontecer além daquele samba inesquecível.
Ilda, toda aquela vida maravilhosa, que sobrevive naquele nosso pequeno pedaço de mundo, só existe também por sua causa.
Eu ouço sempre a sua voz, falando rindo.
Não sei quanto tempo viverei, mas sei que vocês estarão pra todo sempre no meu coração.
PS: me perdoe o último pedido, mas dá pra liberar aquela cachaça especial que o Hilton guardava pros amigos?
Música.
Samba adoidado!
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Lindo demais, Mariozinho! Na despedida do Ilton senti muito do que vc escreveu! Saudades das cachaças especiais, da broncas que escondiam um mau humor fake de um e de outro. Um mau humor carinhoso! Há muito tempo não via a Hilda e foi um momento triste demais, mas o tanto de felicidades antigas que veio na memória faz valer uma vida inteira!