QUANDO A CORRUPÇÃO PRENUNCIA A ESPERANÇA
A História registra inúmeros exemplos de regimes políticos que, após centenas de anos, sucumbem por causas internas, especialmente o aumento da corrupção. Cabe aqui caracterizar o que se entende por aumento da corrupção, algo que vai muito além do desvio de verbas públicas para benefício pessoal.
Estou me referindo a prática de todos os tipos de atos que distorcem o sentido ético que deve ser praticado, seja por dirigentes políticos, seja por governados.
Abundam no caso brasileiro estas distorções e, com preocupação, podemos apontar alguns graves deslizes. É corrupção levar à escola primária a exposição de temas impróprios para crianças, como a recém-noticiada apresentação em um CIEP do Rio de Janeiro da peça “O Cavalo Tarado”.
É corrupção ouvirmos ao longo de 4 horas seguidas analistas políticos conhecidos repetirem “ad nauseam” os mesmos argumentos contra políticos do seu temporário desagrado, exorbitando em raciocínios e ilações que acabam até produzindo um efeito contrário do que desejam comunicar. Este tipo de jornalismo militante e falso vai construindo seu próprio descrédito e contribuindo para que o público não tenha confiança na imprensa, o que é um enorme desserviço para a Democracia.
É corrupção o abuso de termos e expressões chulas nas letras de músicas populares. A música é uma tradicional manifestação de um povo. Clássica ou popular, ela sempre foi considerada, a exemplo das artes em geral e dos estudos metafísicos, uma suprema manifestação da beleza.
É corrupção o emprego de meios não pecuniários de exposição pública ou de oferta de serviços de natureza pessoal para obter complacência de autoridades para práticas ilícitas.
É corrupção ser insensível à devastação ambiental e ao comprometimento da sustentabilidade do planeta em função de não reagirmos a um modelo predatório e consumista de vida.
O que hoje está se verificando na situação do Brasil é uma crescente corrupção generalizada, que causa grande desencanto a todo povo, desestimula a confiança no futuro do país, provoca a evasão de talentos e o desprezo pela vida pública. Recentemente, um grande amigo político comentou que, contrariamente ao que se conversa usualmente em grandes cidades como Rio, São Paulo e Salvador, constatou em um giro por cidades de porte médio no interior do país um ambiente muito mais saudável e esperançoso do que o destes grandes centros culturais, onde o cultivo da alta cultura está desaparecendo.
Um governador de um grande estado do Sudeste, espantado com o regionalismo tendencioso do Congresso Nacional, chegou mesmo a propor, recentemente, que os estados do Sudeste e Sul se constituíssem em um bloco opositor à medidas descaradamente parciais flagrantemente desrespeitosas com o pacto federativo.
Se combinarmos isso tudo com a promiscuidade vigente entre membros do Executivo, do Legislativo e até mesmo do Judiciário, temos muito a temer pelo futuro do Brasil, caso esta situação permaneça. Por outro lado, a Democracia tem nos últimos 250 anos, desde que vem se generalizando como o melhor regime de governo, encontrado soluções dentro dos marcos institucionais para superar esses impasses e problemas, e é bom que isso ocorra antes que cresça o clamor por soluções revolucionárias e sanguinárias, capazes de sensibilizar um povo sofrido e sem esperanças.
Cultura e as indústrias criativas
A cultura e as indústrias criativas desempenham um papel fundamental na geração de empregos, renda e divisas em todo o mundo. Elas abrangem setores como música, cinema, arte, publicidade, design, entre outros. Países como os Estados Unidos, Reino Unido e Japão são líderes em investimentos nesse segmento, criando oportunidades econômicas significativas.
Craques da música brasileira, artistas Cedro Rosa Digital, na Spotify.
A Cedro Rosa Digital é uma empresa inovadora que está impactando o mercado de música independente globalmente. Através de sua plataforma, eles conectam artistas independentes à mídia, publicidade e games, ampliando suas oportunidades de visibilidade e renda. Isso fortalece a economia criativa ao oferecer novas fontes de receita para artistas e criativos, ao mesmo tempo em que proporciona uma experiência de entretenimento mais diversificada e rica para o público em todo o mundo. Esse modelo de negócios é um exemplo de como a interseção entre tecnologia e cultura está moldando o futuro das indústrias criativas.
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