Responsabilidade afetiva
Hoje vou dividir com vocês neste artigo o que penso e sinto sobre esse tema que na verdade se aplica a todos os tipos de relacionamentos que temos em nosso convívio social, porém meu foco é o relacionamento amoroso. Em uma definição bem simples a responsabilidade afetiva significa ser sincero com o outro no que tange aos sentimentos para que não se criem expectativas irreais sobre o que alguém pode ser e também tem a oferecer em um relacionamento. Ou seja honestidade no que sente, empatia com os sentimentos do outro e um posicionamento verdadeiro sobre o que se está disposto a doar para aquela pessoa e aquela relação. A responsabilidade afetiva é algo que passa um pouco longe de nossos relacionamentos amorosos principalmente na juventude. Metemos os pés pelas mãos com pessoas especiais que deveriam ter de nós o mínimo de sinceridade e consideração. Mas jovens, imaturos talvez ainda fosse difícil avaliar o quanto poderíamos prejudicar o outro sendo irresponsável emocionalmente. O problema maior é quando essa questão mal resolvida vem para os relacionamentos adultos. E mesmo ainda sem pesquisas acadêmicas esse assunto está muito em voga porque os impactos emocionais e psicológicos que a falta dessa responsabilidade pode trazer para a vida das pessoas são muitos.
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Se não conseguimos ao menos ser honestos com o outro e também não conseguimos expressar nossas necessidades legítimas dentro de um relacionamento, como poderemos conduzí-lo diante dos tempos, das dificuldades e das crises? Acredito que sem esse cuidado de olhar para as necessidades do outro e expressar as nossas ficamos estagnados vivendo um relacionamento que no dia a dia pode até parecer que está funcionando, mas talvez não esteja, ou poderia estar muito melhor. E o resultado posterior disso tudo eventualmente aparecerá com força em algum momento, gerando dificuldades muito maiores do que quando temos essa troca de empatia e comunicação com o outro.
Se não ama não diga que ama. Se não sabe se ama, procure descobrir antes de se pronunciar. Se quer compromisso sério, assuma. Se não quer, também. Se a relação não está boa, converse e aja para que se obtenha mudanças. Se você não pode dar o que a pessoa busca, diga a verdade. Se há questões, lide com elas com o máximo de franqueza possível. Dessa forma você pode ser quem você realmente é e o outro se sentirá validado e compreendido, dentro do relacionamento ou até mesmo se resolverem cada um seguir seu caminho. E a relação amorosa que é uma construção diária e para a vida será sem dúvida pautada na admiração, no companheirismo e na vontade de estar ali, apesar de tudo.
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