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Foto do escritorLuiz Inglês

Sem saber, tomei decisão acertada.​



 

​Deixa eu começar do início: durante minha infância e adolescência, passava as férias de verão e inverno no sítio do meu avô em Itaipava (acreditem, as férias iam de dezembro à fevereiro e julho inteiro!). Isso era tanto tempo, que certa vez, ao chegar em casa das férias, entrando no meu quarto, fui acender a luz na parede e o interruptor tinha sido deslocado – surpreendentemente – para mais abaixo de onde minha mão sempre o encontrava. “Ué?” pensei eu, “moveram o interruptor para baixo... por quê?” Logo percebi que eu havia crescido muito (tanto era o tempo que passávamos no sítio). Por isso o interruptor parecia estar mais baixo: o tal do estirão da adolescência...


​Desfrutei grande parte de minha vida naquele paraíso. De manhãzinha ia na cocheira – onde as vacas já estavam em sua labuta matutina – e “ajudava” Seu Cândido a tirar o leite. Às vezes levava na canequinha de ágata, o chocolate em pó para misturar com o leite cru, espumante e quentinho que vinha da teta. Ao lado ficavam os cavalos (ah! Mimoso... que saudade de sua marchinha), e havia também o burrinho que puxava a carroça que levava a molecada a passeios cheios de aventuras e inesquecíveis piqueniques. O burrinho não tinha nome, era apenas o Burro. 


​O sítio tinha galinhas, porcos, gansos e coelhos para entreter a gurizada. Levei muitas corridas dos gansos que são verdadeiros cães de guarda. Fazíamos muitaspescarias ao redor do lago onde viviam tilapias do Nilo, black bass, carpas e carás. Tinha até barco a remo, muito bucólico. Cada um tinha seu local preferido para pescar num canto qualquer do espelho d’água. Passávamos as manhãs do verão em banhos napiscina, onde haviam dois trampolins, um mais alto do que o outro. Os mais velhos saltavam deste, para mostrar sua coragem. Inúmeros passeios de bicicleta também distraiam a meninada. Lembro que certa vez ganhamos de Natal, farol que iluminavanosso trajeto, dependendo da rotação da roda da bicicleta. Quanto mais rápido, mais luz. Saíamos à noite em bando, cada um com seu farolete iluminando o caminho. Era emocionante. Aquela escuridão ao redor e nós alumiando a estrada de chão batido. Quando parávamos mortos de cansaço, o negrume da noite e da mata ao redor com seus ruídos estranhos e desconhecidos, tomava conta do imaginário infantil. Aí dava ummedão e, gritando para espantar  os fantasmas imaginários, recomeçávamos a pedalar,apesar de exaustos... ninguém queria ser o último.


​Um pouquinho mais velhos, experimentamos a primeira tragada num cigarroContinental sem filtro. A primeira bebedeira resultou em vomitório geral de vinho Sangue de Boi. Bem-aventurada época, sem dúvida, a não ser quando as férias acabavam.


​Mas um dia o sítio foi vendido e eu já andava lá pela casa dos trinta. A família cresceu e se todos  resolvessem viajar no mesmo fim de semana, já não havia mais espaço, apesar dos 10 quartos. Só de primos e primas éramos 17, fora amigos e amigas e – depois de mais crescidos – namoradas e namorados.


​A tristeza tomou conta de todos. De minha parte passei dois anos amargando uma sensação de abandono, carregado com uma nostalgia até então, desconhecida. Cheguei a fazer terapia para entender a razão daquela  melancolia. E a descoberta foi o vácuo emocional causado pela ausência da proximidade com a Natureza. A vivência com a essência da realidade planetária me fazia muita, mas muita falta. Explico: acredito que a Natureza é o mais próximo que temos da Criação. No início dos tempos, há milhões de anos era assim e hoje permanece assim. Só muda quando este egocêntrico e ignorante bárbaro chamado Homem, interfere.


​Mas enfim, ao descobrir a razão do abatimento que estava me corroendo a alma e causando aquele desânimo, decidi encarar de frente meu futuro e saí à cata de minha própria terra para o tão esperado reencontro.


​E por que o título, lá em cima que “Sem saber, tomei decisão acertada?” Pois foi quando esta resolução me fez redescobrir o meu verdadeiro eu. Aquele EU que viveu tanto tempo junto às manifestações espontâneas do Universo através da Natureza.


​O sítio do minha infância foi meu ritual de iniciação, hoje, mais calejado eexperiente, conheço a Natureza com um pouco mais de intimidade, muito respeito e compreensão. Procurei muito pela terra, passei por mais de 12 cidades e suas zonas rurais. Meu coração disparava a cada nova propriedade visitada. Sentia que este era o caminho, só não tinha ainda topado com ela. Tinha que ter meu pedaço de chão com a expressão da consciência do meu espírito vital. Até que um dia, um ano após o início das buscas, dei de encontro com meu futuro. Não há razão específica, apenas soube que era ali. Não tem explicação. E cá estou há 40 anos. 


​Apesar das previsões pessimistas de Orwell, 1984 foi um ano de uma grande revelação. A aquisição deste meu bem-querer foi uma convergência quase mística. Desde então exerço minha integração e compartilhamento com a Natureza. Não tenho a disponibilidade do meu avô. Sei que fui privilegiado e muito agradeço. Não tenho vacas, nem galinhas, gansos nem pensar. Minha casa é uma casa de colono. Mas estou inserido na mata-Atlântica fazendo e me sentindo parte deste todo. A paz e a conciliação prolongam a harmonia, contrastando com a perturbadora desordem que reina mundo afora. Continuo sendo privilegiado, só que desta vez aprendi minha lição efui atrás.


​Medito no momento do sol nascente, de frente para uma floresta esplendorosa. Otrinar dos pássaros que se animam para mais um dia, quebram o silêncio da noite que se vai. E quando também me for, sei que vou deixar para quem vier depois de mim, um legado abençoado.

 

 

Cedro Rosa Digital: A Evolução da Música Independente no Século 21

Imagine a cena: um músico independente compõe a trilha sonora perfeita para o próximo hit dos videogames, ou talvez para aquele filme que vai ganhar prêmios no festival de Sundance. Mas como garantir que ele vai receber por esse trabalho, especialmente quando a obra é distribuída globalmente? A resposta vem da Cedro Rosa Digital, uma plataforma inovadora que vem conectando criadores e consumidores de música, garantindo não só a legalidade no uso das obras, mas também a justiça na distribuição dos direitos autorais. E o melhor de tudo? Tudo isso é feito com o selo de qualidade da tecnologia CERTIFICA SOM.


A Certificação que Empodera

A Cedro Rosa Digital, fundada por Antonio Galante, é uma gigante na certificação e distribuição de obras e gravações independentes. Ao usar a tecnologia CERTIFICA SOM, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e com o apoio da EMBRAPII, SEBRAE e Parque Tecnológico da Paraíba, a Cedro Rosa cria um sistema preciso que garante que os músicos, compositores, intérpretes e outros profissionais envolvidos na cadeia produtiva recebam seus direitos autorais, independentemente de onde suas músicas toquem.


Em um mercado globalizado, onde músicas podem ser usadas em filmes, comerciais, videogames e até como trilha sonora para vídeos de gatinhos no YouTube, essa certificação é ouro puro. Ela não só protege os artistas, como também simplifica a vida de empresas de mídia, entretenimento e instituições públicas que querem usar essas músicas legalmente, pagando um preço justo.


De Dubai a Lisboa, Cedro Rosa no Mundo

E por falar em globalização, a Cedro Rosa Digital não está apenas no Brasil. A empresa tem mostrado sua força em feiras internacionais de peso, como a Gitex em Dubai, o Web Summit em Lisboa e até o simpático festival FIHAV em Havana, Cuba. Com o apoio da APEX, a Cedro Rosa tem levado o talento musical brasileiro — e de outros cinco continentes — para o mundo, em uma estrada de mão dupla.


Emprego e Renda: A Música Gera Tudo Isso!

Mas a Cedro Rosa não para por aí. Ao certificar essas obras e gravações independentes, a plataforma permite que milhares de criadores e profissionais da indústria musical recebam seus direitos autorais internacionais. Além disso, ao viabilizar o uso legal das músicas em diversos segmentos — como games, filmes, publicidade e plataformas de streaming —, a empresa ajuda a gerar empregos e movimentar a economia criativa.


Se você achava que música era só inspiração, saiba que a Cedro Rosa Digital prova que também é sobre inovação, tecnologia e uma boa dose de inteligência. E o melhor: tudo isso pode ser acessado diretamente pela plataforma, onde você pode explorar playlists, músicas independentes e muito mais. Quer conferir?


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