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Foto do escritorMaria Paula Carvalho

Semana dedicada às Mulheres da Economia Criativa


Proteger os outros é prova de amor e de cidadania,

apela a França na luta contra a Covid-19



PARIS - “O normal não existe mais, o normal muda todo o dia”. Ouvi essa frase de um médico em um desses programas de entrevistas da televisão francesa e pensei que seria uma boa abertura para um texto sobre a guerra contra a epidemia de Covid-19. Ainda que a população se pergunte quando a vida poderá retornar ao que era antes, cada vez menos essa vida do passado é uma certeza por aqui. E nessa hora de dúvida, um governo que se posiciona ao lado do povo faz toda a diferença. Porém, o elemento mais importante para essa liga que mantém a França coesa diante da dificuldade sanitária é o civismo, de forma que as medidas amargas sejam assimiladas e obedecidas.


No momento em que a variante britânica do coronavírus representa 60% dos casos de Covid-19 no país, “não é hora de pensar em abertura”. Foi o que deixou claro o primeiro-ministro francês, Jean Castex, em entrevista coletiva na quinta-feira (4). Apesar de o país “não estar vivendo uma alta exponencial da epidemia”, o premiê explicou que circulação do vírus continua a se acelerar, especialmente por causa da forte presença da variante britânica. Mais contagiosa, ela pode acelerar as infecções e, consequentemente, aumentar as hospitalizações, “se nada for feito”.


“O desafio atual é a capacidade de conseguir sermos felizes, apesar do real”, disse uma outra psicóloga, no mesmo programa televisivo já citado. A França, hoje, aposta no fato de que os seres humanos se fortalecem nas provações e seus líderes acreditam que poderemos sair dessa com “mais maturidade coletiva”, incentivou o premiê. Uma espécie de eufemismo esperançoso, é verdade, para falar da doença que contamina 25.000 franceses todos os dias e já matou quase 90.000 pessoas.


Luzes em stand by


Faz dois meses que a França das “soirées”, dos jantares e dos espetáculos se recolhe às seis da tarde. Paris, a cidade das luzes, já não encanta mais à noite. Para os poucos turistas que ainda se aventuram em seus bulevares, o jeito é se contentar com um belo pôr do sol. Pois depois desse horário, c’est fini. Os bons restaurantes, que fazem a fama da gastronomia francesa, hoje vivem de entregas.


O mundo da cultura se manifesta em praça pública e pede uma data para a reabertura das salas de espetáculos e cinemas, fechados há praticamente um ano. A única pista até agora é que os museus poderão abrir antes, mas ainda não há um calendário para as artes no mundo pós-pandemia.

Uma das discussões atuais é a criação de um passe sanitário digital, reunindo informações sobre a vacinação e testes de Covid-19 e que pudesse funcionar como um passaporte para retomar o caminho da vida cultural e social. As conversas sobre a validade e a viabilidade de tal instrumento, no entanto, agitam as reuniões em nível europeu, visando a livre circulação de pessoas e a tão esperada retomada das economias do bloco.


Vacinação é luz no fim do túnel


A boa notícia é que as contaminações entre os mais idosos continuam a diminuir no país, num sinal dos primeiros efeitos da vacinação direcionada aos mais vulneráveis, os principais alvos da campanha desde o início, em janeiro.


Porém, não se pode ignorar que os hospitais franceses continuam sob forte pressão, com cerca 25.000 internações por Covid-19, sendo mais de 3.500 pacientes em unidades de terapia intensiva. Tampouco se pode esquecer que o cansaço e a exaustão já pesam sobre os ombros dos profissionais de saúde.


20 departamentos em atenção máxima


Ainda que estejamos todos no mesmo barco quando o assunto é proteção, os números nacionais da epidemia mostram que a situação não é a mesma nos diversos departamentos da França. O presidente Emmanuel Macron tenta de tudo para não impor um terceiro lockdown nacional, que seria muito custoso financeiramente e desgastante para a moral dos franceses. Porém, frente à maré alta de casos em algumas regiões, 23 departamentos estão na lista vermelha de atenção.


Com uma taxa de incidência de 400 casos por 100.000 habitantes, quase duas vezes a média nacional, o departamento de Pas-de-Calais entrou para o grupo dos que terão lockdown no fim de semana, assim como já acontece em Dunquerque, também no Norte e em Nice, na Côte D’Azur. A medida vigora das 6h de sábado às 18h do domingo. Nessa região, as lojas de 5 mil metros quadrados foram obrigadas a fechar as portas.


Paris escapou do confinamento


Nos demais departamentos da França não houve alterações substanciais em relação às medidas que já estavam em vigor. Na capital Paris e em outros 22 departamentos sob vigilância reforçada, a principal medida imposta é o fechamento de supermercados e estabelecimentos comerciais com área superior a 10 mil metros quadrados. É mais uma tentativa de evitar aglomerações, enquanto os encontros familiares permanecem reduzidos a seis pessoas no máximo.


“A recomendação é fazer um esforço coletivo de diminuir o contato social e familiar. É lá que a transmissão acontece”, explicou o primeiro-ministro, Jean Castex. Ele mesmo, no entanto, admitiu que o prenúncio da primavera e o aumento da temperatura na Europa torna ainda mais difícil seguir o rígido protocolo sanitário. Por isso, as administrações locais podem determinar o fechamento de áreas com muita circulação de pessoas, como parques e os cais do rio Sena, na capital francesa.


“O objetivo coletivo é de aguentarmos juntos”, encorajou o primeiro-ministro. “Acelerar a campanha de vacinação nos permitirá sair desse túnel”, completou.


Campanha de vacinação ganha fôlego

Até o momento, 3,2 milhões de franceses receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 1,8 milhão já foram imunizados com a segunda dose. O país optou por vacinar, em primeiro lugar, aqueles propensos a desenvolver formas graves da doença. Mais de 80% dos residentes de asilos já receberam a vacina, justamente a faixa mais castigada na primeira onda da epidemia, representando um terço dos mortos pela Covid-19 no país.


As vacinas, que inicialmente demoraram a chegar, começam a ser entregues em maior volume e num ritmo mais intenso. O governo espera vacinar 20 milhões de franceses até meados de maio e 30 milhões até o próximo verão.

Para permitir que a campanha ganhe escala, além dos hospitais, dos centros de vacinação e dos consultórios médicos, as farmácias estarão autorizadas a aplicar o imunizante contra a Covid-19, a partir de 15 de março. Um plano de combate que se adapta a cada dia, diante das novas dificuldades no terreno e das ameaças impostas por um vírus até pouco tempo desconhecido.


“Nesses 12 meses, vivemos um combate coletivo”, observou o primeiro-ministro Jean Castex, destacando que “muito se aprendeu ao longo do caminho sobre os gestos de proteção, os testes, as vacinas, o impacto econômico, social e humano da pandemia”.


A França tem um dos maiores sistemas de cobertura social para fazer frente aos impactos da crise em toda a Europa. Desde o primeiro lockdown, o governo tem ajudado empresas em dificuldade, artistas, artesãos, pequenos comerciantes, além de toda a cadeia dos eventos, dos espetáculos, da hotelaria e dos restaurantes. Isenção de impostos, adiamento de taxas e pagamento de salários dos trabalhadores parados são algumas das medidas empregadas para sustentar a economia francesa no momento de baixa atividade.


 

Playlist Essas Cantoras Maravilhosas / Spotify

 

Após a injeção de € 460 bilhões em apoio emergencial mobilizados desde o início da crise sanitária, o governo apresentou um gigantesco plano de médio prazo para a reativação da economia, visando a transição ecológica, a competitividade das empresas e a coesão social, de acordo com o presidente Emmanuel Macron. A França injetará € 100 bilhões na economia, em dois anos, para conter o impacto devastador do coronavírus e para evitar demissões em massa.

Sacrifício não é insulto


Mas é claro que nem todo mundo joga no time da proteção. Em uma semana, a polícia francesa fez 424.000 controles de desrespeito às regras sanitárias, que resultaram em 34.000 multas e verbalizações. Cada infração custa € 135, o equivalente a mais de R$ 800. No mesmo período, 255 festas clandestinas foram notificadas.


Porém, como alertou o mesmo médico citado no início desse artigo, a essa altura do campeonato, “dizer eu quero sair para tomar um drink”, mesmo colocando a vida dos outros em risco “é incoerente” e “inconsciente”.


“Sacrifício, não é um insulto, é um valor” brada a França, após um ano de esforços contra a Covid-19. É claro que ninguém aqui gosta de viver de máscara ou isolado, mas o país tem mostrado que proteger os outros é, antes de tudo, uma prova de amor e de cidadania.


Maria Paula Carvalho, de Paris, para CRIATIVOS!

 

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