Sábado de Carnaval, o melhor dos dias. Que abriga até um grande adeus.
"Eu tinha que viver para ver uma coisa dessas: um ano sem Carnaval". A assombrada e, perplexa frase é de um amigo. Mas podia bem ser minha. A perplexidade, meio indignada e com um travinho de tristeza, é bem sincera. Em minha opinião, apesar da vacina chegando, este ano já é pior que 2020. Mais trágico que um ano sem Carnaval, só mesmo a morte de mais de 230 mil pessoas na pandemia.
Durante um bom tempo preso a tarefas profissionais, perdia parte da festa. Livre da labuta radiofônica eu voltei a ser apenas folião e os sábados de Carnaval retornaram numa rotina feliz. Sinônimo de Bola Preta e a quentura dos seus arredores.
O Bola não limita a animação da cidade a seus desfiles, que já é um espanto com milhões de seguidores. O cordão e seus apaixonados vindos de vários bairros e de outros municípios garantem o incêndio no Centro. A eles se juntam os barões famintos, o bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do bulervar. Ferve o Caldeirão. Depois do bloco, normalmente me estabeleço na Rua da Carioca. Uma das relíquias dos logradouros da cidade.
Playlist Carnaval 2021 -
Cantando e sambando com distanciamento social - Spotify
O Bar Luiz por vezes montava uma estrutura com música e algum conforto para os foliões. Muito bom. Mas os botequins das proximidade
s também são camarotes especiais para a espera do próximo bloco. Mais à tarde o Carioca da Gema também joga na Lapa um enfezado e maravilhoso bloco com os principais intérpretes da casa. Da Mem de Sá à Fundação Progresso, uma eternidade de alegria e boa música. E assim o sábado passa. Cerveja presente, bexiga inflada, claro. Tudo tem um preço.
Mas sabe-se lá em que cartilha o acaso aprendeu a tecer os fios que nos controlam feito marionetes e, por isso, nos últimos quatro anos, meus sábados de Carnaval não foram no Rio. Por questões domésticas adequei temporariamente minha sede carnavalesca à gostosa Conservatória.
O lugar pertence ao município de Valença. Algumas poucas ruas, mas com uma essência de Carnaval puro. A folia pela folia. Blocos de rua, restaurantes e casas musicais todas em ebulição e na principal praça, uma roda de samba de ‘responsa’. A mesa com mais de quarenta músicos. Um intervalo perfeito antes do retorno ao fluxo de blocos que deslizam pelas principais e pequenas ruas da Vila.
Conservatória é uma delícia. Um reduto boêmio e seresteiro o ano todo. Tem entre outras maravilhas, o Instituto Waldir Azevedo, “tocado” pelo Ronaldinho do Cavaquinho, um virtuose, museus sobre grandes nomes da nossa música e o Centro Cultural da Juliana Maia, tremenda cantora. Durante as serestas é fácil esbarrar com Juarez de Brito, filho do Guilherme de Brito. Resumindo, uma pequena cidade musical. E Valença dispensa explicações, tem pedigree. Não fossem de lá a grande Rosinha e a imensa Clementina.
E por uma dessas inúteis ironias, foi justo num sábado de Carnaval, e num cenário musical e afável como Conservatória que eu soube da notícia. Num átimo de segundo a alegria desbragada que me abraçava, implodiu num nada. Um desmoronamento de tristeza. Alguém na roda de samba pegou o microfone para informar da morte do Alfredo do Bip-Bip. Meu mundo caiu na hora e a folia ficou esvaziada de sentido.
Sábado de Carnaval. O melhor dia do ano. Só podia ter sido nesse dia. Ninguém vai lembrar a data correta daqui a algum tempo. Vão apenas registrar que Alfredo Melo, o querido Alfredinho do Bip Bip foi embora num sábado de Carnaval. Tem tudo para virar verso de marcha rancho. Não poderia ter escolhido dia mais significativo para bater as asas e subir. Um beijo!
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