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Foto do escritor: Léo VianaLéo Viana

- Opa! Tudo bem sim. E vocês? Notícias? Muita coisa. Escuta só.


- O quiabo deu bem. O maxixe não. A mandioca é segura, sempre vai bem. A mansa tá ótima e a brava superou as expectativas. A farinha vai dar pro ano todo. Não, ainda não sei se a laranja vem direito, a floração não começou. Mas os pés estão bonitos. As mangueiras estão em ano de produção, se não esfriar muito, vai ter muita manga. O cajá e o caju também. Não são muitos pés, mas produzem muito. Conseguimos um bom contrato, com uma distribuidora de frutas. A horta tá uma coisa. O canteirão de alface lisa tá vindo com tudo. A crespa, a roxa e a americana também. É sucesso certo na feira. A chicória tá com cada cabeça enorme, tinha que vender a peso, pra ser justo. Os repolhos estão parecendo bolas de basquete e a couve flor tá que chega a sombrear os rabanetes do canteiro ao lado. Teve um erro na abóbora de pescoço, o terreno deu uma encharcada, mas não perco nada. Vai ajudar a alimentar as galinhas, que aliás estão botando a rodo. E ovo vermelho vende que é uma maravilha. Deixamos galar uma parte e chocar. Mais de cem. Vou chamar o japonês da sexagem porque uma parte dos pintos eu vou engordar. Vi na geração anterior que eles ganham um peso bom e tem demanda por galinha caipira. Os porcos? Rapaz, nem acreditei no quanto aqueles leitões cresceram! Fizemos uma cozinha nova e instalamos um defumadorzinho. Tem demanda pra linguiça e carne defumada, acabamos de obter as licenças e registros. No anexo tá saindo goiabada, doce de mamão, de coco e de batata doce. Uma loja de São Paulo mandou um comprador aqui e queria levar tudo, mas quero deixar uma parte aqui perto mesmo. Não sei se abro uma lojinha aí na porta ou se mando pra feira. O importante é que o povo daqui também conheça os produtos.


- Tem mais. O pimentão tá uma beleza. Tenho uns três tipos. Umas dez pimentas, entre fortes e de cheiro. O tomate cereja veio vigoroso e a cenoura me deu um certo trabalho, mas compensou. Consegui uma variedade que é doce e precoce. A batata doce tava com problemas também, mas a amarela e a roxa agora estão que é uma grandeza. E o doce ainda fica mais bonito. Falei da couve-manteiga? Não? Tive que aumentar o canteiro. A procura foi demais. Tava com ideia de plantar morango, mas até larguei de lado. Ia dar muito trabalho. E o limão compensa, que o preço tá bem bom. A banana também tá ajudando muito. Tem pouco volume pra vender fruta, mas dá 50kg de doce praticamente todo mês. Duas vacas só. Não preciso de mais que isso. As duas são boas demais. É leite pro consumo e mais uns 4-5 kg de queijo por semana, que já ajudam no orçamento. Tem pra mais de 50 kg curando ali. E a capineira que fiz alimenta bem as vaquinhas, mais o sal e umas leguminosas que a gente plantou. Ainda tem uma produção danada de esterco, que juntando com a cama das galinhas e o que sai do chiqueiro, mantém a esterqueira cheia e garante adubo pra área toda. Ainda dá pra dividir com os vizinhos. E sabe que o trabalho não tá pesado? A vizinhança vem ajudar quando é época de mais atividade e a gente vai ajudar a eles também. Nas coisas mais simples, as crianças ajudam quando chegam no fim da semana. Joãozinho tá no início do técnico em agropecuária e Lara tá concluindo o de alimentos. O tratorzinho não para, mas dificilmente a gente passa da hora trabalhando.


- Na areazinha perto do córrego eu bem plantei umas árvores, pra recuperar a margem e manter a nascente. Mas é tudo nativa e frutífera. Tem araçá, cambuci, pitanga, aroeira. E como tem eucalipto na vizinhança e a matinha do fundo tá bem viçosa, botei umas caixas de abelha, que já estão bombando. O maracujá, aqui perto da casa, tá que tá lindo. E as mamangavas voando em volta. Floriu que só. Quem me surpreendeu muito foram as caramboleiras. Tavam feias as bichinhas quando eu vim pra cá. Tem quinze pés na área e tava tudo ruim. Mas com trato elas reagiram e tão uma grandeza. É sucesso garantido na feira e já estamos pensando um receita de doce. Maria tá vendo isso. E os temperos? Tem canteiro de coentro, cebolinha, salsa, as pimentas de que já falei, tem hortelã, erva doce, alecrim, urucum, cebola, alho, gengibre, açafrão da terra. E ainda tem bertalha, taioba, mostarda, acelga, nabo, abobrinha, inhame. Me deram uma muda de cravo e já plantamos ali pra ver se vinga. Separei um hectare pro milho branco. Me pediram e eu não tinha. O de pipoca não deu muito certo e pra milho verde tá complicado de conseguir sem ser transgênico. Outro troço que me encantou foi a batatinha. Sabe que deu bem? Garantiu o consumo de casa. Do mercado, nos últimos seis meses, só veio sal, porque uns metrinhos de cana deram uma rapadura boa demais e o café que veio de Rondônia aguenta bem o calor daqui. O arroz a gente plantou junto com os vizinhos, numa área comum aqui perto. Tamos manejando junto com uns patos e uns peixes. E deu bonito! O feijão não produziu muito, mas duas sacas dão pro ano todo. Não dá pra vender, mas não precisa comprar. A semente já tava guardada. Área? Maria e eu temos 15 hectares. Mas a safra do ano passado já deu pra garantir um carrinho pra passear e a reforma do cafofo. E sabe que essa produção não é privilégio nosso? O pessoal todo do assentamento tá indo assim. E a gente ainda junta as coisas pra ganhar escala pra vender. Financiamento? Não. O Pronaf não saiu a tempo. A gente se juntou na cooperativa, dividiu o trabalho e conseguimos um adiantamento pra tocar as coisas. O interesse do banco mesmo é pelos vinte mil hectares de soja do Zé Senador, ali do outro lado do rio, que é tudo pra exportação. Quem produz comida ainda não dá audiência...


- Depois falamos mais.


- Agora tá na hora de recolher as cabras. Tamos experimentando. O leite e o queijo têm bom preço.


- Até mais.

 

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