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TRUMPISMO ECONÔMICO

Atualizado: há 4 dias



O Trumpismo econômico é um passo atrás na evolução da economia mundial. Ele representa a volta de um conceito de nações autossuficientes que reduzem suas trocas com outras nações àqueles bens exclusivamente impossíveis de serem produzidos internamente. Ainda que muito mais caros, sempre que houver possibilidade de um bem ser produzido no país, ele o será. A maneira de evitar que algo seja comprado mais barato de um país estrangeiro é elevar bastante a alíquota do imposto sobre importações.


É um retrocesso. Já se pensou no passado em atuar de tal maneira. Os mais velhos aqui no Brasil se lembram como era viajar para o exterior e verificar que a gasolina custava menos da metade do que Brasil, ou automóveis eram muito mais baratos, as roupas, livros e até alimentos não só custavam menos como também representavam um percentual menor das despesas familiares, pois os salários “lá de fora” eram superiores na média.


Nos anos 70 o Brasil viveu a mesma situação que Trump agora impõe aos Estados Unidos: altas barreiras alfandegárias e projetos megalomaníacos de produção industrial visando autossuficiência nacional de exportação de bens. Isso às custas da sua população, obrigada a consumir produtos inferiores e atrasados. A consequência foi um enorme atraso no progresso digital do Brasil, a expansão de uma indústria automobilística defasada – nos anos 90 comparada a “fabricantes de carroças” – e do treinamento de enorme massa de trabalhadores para tarefas que vieram a se tornar praticamente inúteis para o mercado de trabalho. No caso dos Estados Unidos, o preço a pagar por esta maior autossuficiência se refletirá em um grande aumento da inflação interna, à exemplo do que também experimentamos no passado no Brasil. Situação somente corrigida quando nos alinhamos com o mercado internacional, reduzimos nossa alíquota média das importações para cerca de 11%, em vez dos anteriores 50%, e buscamos investir na produção de bens que pudessem ser competitivos no mercado internacional.


Todo esse movimento de adequação das produções nacionais a uma rede internacional é cognominado “a globalização da Economia” e, do ponto de vista político, ao multilateralismo – ou seja, cada país se considerar interdependente de muitos outros, cada um procurando tirar o máximo proveito de suas competências específicas. Entende-se que esta obrigação de relacionamentos múltiplos comerciais leva a grandes intercâmbios culturais e à tolerância quanto a diferenças ideológicas. Enfim, em muitos grandes países atualmente, assim como nos grandes impérios do passado, como no assírio, romano, o sacro império romano germânico e o império otomano, a convivência entre países de diferentes culturas produziu um benefício de paz e progresso posteriormente perdido em função de ambições internas a estes impérios.


O que o mundo atual exige é a consciência que diferentes países e culturas podem conviver de forma complementar e juntos trabalharem para a sustentabilidade do planeta, em vez de cada um querer o máximo para si e o resto que se dane. Neste conceito maldoso está a grade ameaça que o Trumpismo está trazendo ao mundo: ver o vizinho como um inimigo, um “ladrão em potencial”, como se referiu a alguns países outrora aliados históricos.


Para nós, da América do Sul ele foi lacônico: “eles precisam mais de nós do que nós deles”. Este tipo de visão não é amparado pelas lições da história, vide o declínio de impérios antigos mencionados acima neste artigo.


Esperemos que a razão e a experiência histórica iluminem as mentes e que uma nova geração de estadistas coloque o mundo nos trilhos de sua humanização


 

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