UMA AÇÃO EFICAZ NA ÁREA URBANA
Nos últimos anos vêm se formando no Rio de Janeiro pequenos grupos de pessoas que se reúnem para discutir o futuro da cidade e propor soluções. São profissionais liberais, empresários, donas de casa, acadêmicos e outros cidadãos que têm a louvável intenção de participar da vida pública. As ideias abundam. Soluções interessantes e, também, outras menos exequíveis são propostas.
De modo geral, esse esforço representa uma exasperação da sociedade civil em relação à desmandos de políticos e políticas públicas que não endereçam os problemas prementes, o que acaba afetando a vida de todos e o bem estar da comunidade.
Hoje já existe a reflexão em alguns desses grupos sobre a melhor forma de seu funcionamento para que não se percam potenciais boas contribuições em um mar de ideias não implementáveis. Em outros ainda não se conseguiu acordar uma forma prática de dar consequência ao que se discute.
A propósito dessa situação, um filme recente, disponível no HBO Plus, denominado LIVING, do Diretor Oliver Hermanus, traz um exemplo que me parece altamente recomendável que todos os interessados no tema o assistam. É uma obra cinematográfica sensível, de narrativa lenta, com alguns diálogos preciosos e com uma lição de vida e de morte que nos faz refletir.
Trata-se de uma refilmagem do clássico Ikiru, de Akira Kurosawa, de 1952, que conta a luta de um velho alto funcionário da prefeitura de Londres para, após uma vida engolfada pela burocracia do pós-guerra no país, conseguir uma realização pessoal e ao mesmo tempo um projeto concreto em benefício da cidade.
A luta do funcionário é pela construção de uma pequena praça na cidade. A viabilização do projeto vai dar significado à uma vida perdida dentre uma burocracia kafkiana e motivar seus antigos companheiros de trabalho, para que encarem de frente suas responsabilidades.
Mais não conto porque não quero dar um spoiler, mas o filme me lembrou muito dificuldades que, como presidente da Light, tive que enfrentar para doar à prefeitura e ao Estado os terrenos que hoje constituem o Parque de Madureira, realização que foi viabilizada graças a sensibilidade do prefeito Eduardo Paes, do deputado Pedro Paulo, do falecido senador Arolde de Oliveira, então secretário municipal de transportes, e do então presidente do Instituto Light Mozart Vitor Serra.
Creio que a maioria desses grupos de discussão de assuntos urbanos aos quais nos referimos no início da coluna, que muitos de nós participamos, precisa se inspirar no exemplo do personagem do filme LIVING e das senhoras da associação do bairro que lutavam há anos pela construção da pequena praça. No caso do Rio de Janeiro não há mais tempo a perder. A cidade requer AÇÃO já.
Cultura e Economia Criativa
Evento sobre Música, cultura, jornalismo e cinema, produzido pela Cedro Rosa
A Economia Criativa tem se destacado como um impulsionador crucial para o desenvolvimento de médias e pequenas cidades no Brasil. Exemplos das cidades mineiras como Tiradentes, com festivais de música e cinema e Serra da Canastra, com seus queijos premiados, demonstram como setores como arte, artesanato, música, cinema e gastronomia, especialmente quando baseados em agricultura e fruticultura orgânica, podem revitalizar economias locais.
Cedro Rosa Digital, a plataforma que junta criadores de musica independente no mundo.
A iniciativa da Cedro Rosa Digital, que certifica obras e gravações musicais, além de distribuí-las e licenciá-las globalmente, emerge como uma poderosa ferramenta para gerar renda nessas comunidades.
A Ciência no Tempo, aula de Lucia Capanema, edição especial para CRIATIVOS!
Esse modelo não apenas preserva a cultura local, mas também conecta essas cidades ao mercado global, promovendo um ciclo virtuoso de crescimento econômico sustentável. É uma via promissora para a prosperidade de médias e pequenas cidades em todo o país.
Escute essa playlist de artistas da Cedro Rosa. Grupos de Samba e Grandes Sambistas.
Comentarios