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Foto do escritorLais Amaral Jr

Uma coisinha ou outra sobre bares e botequins



Participei no final de semana do 1º Festival de Cachaça, em Visconde de Mauá, realizado pela Associação de Produtores de Cachaça das Agulhas Negras com apoio do SEBRAE e do poder público de Resende-RJ. Mas sobre o evento eu falo aqui mais a frente, por hora, e por conta de uma leve ressaca, reproduzo trechos de crônicas do meu livro Fala, Botequim! (Ed. Garcia – 2020).


1) O termo ‘Bar’ parece ter surgido na França. ‘Botequim’, teria se desenvolvido de bodega, botica, com origem na península ibérica. Eu não faço distinção entre bar ou botequim: é duque na mesma linha. E botequim pra mim não difere em nada das instâncias culturais, mesmo daquelas academicamente consideradas ‘limpinhas’. Como já revelei algumas vezes, os estabelecimentos que mais estimo e, de longe, os mais frequentados por mim, são: botequins e livrarias.


Num rasgo de analista antropológico, considero o botequim como a célula mater do estado de espírito carioca. A carioquice, aquele vírus que torna o cidadão um boa-praça, o sujeito que pratica a camaradagem e a boa convivência, é cultivado no ambiente democrático dos botequins. E se espalha, contamina. O sujeito entra num bar desconhecido para tomar ‘umas e outras’ e, dez minutos depois já adquiriu um amigo de infância. E viva o botequim!!


Em Resende também temos essas células que emanam os bons fluidos. Os grandes amigos que fiz aqui, eu fiz em botequins. Quando cheguei, no início da década de 1990, o primeiro local que me levaram para ser apresentado à cidade, foi o Rei dos Salgadinhos, o estimado Cospe Grosso - ainda na versão boteco. Há um verso definitivo no samba ‘Toda Hora’, dos craques Moacyr Luz e Toninho Gerais, que diz assim: ‘amigo nunca fiz bebendo leite’. Fato.     


 2) O Rei dos Salgadinhos ou Cospe Grosso é o único bar que conheço que é tratado por dois nomes, ambos populares. Há tempos não passava por lá. Sou muito da geografia. Fico pelos meus arredores. Meu quintal. E como vivo me mudando, às vezes, custo a aparecer, mesmo em lugares muito estimados. Sábado passado estive lá com meu amigo Robson Monteiro.


Eu gosto muito da turma. Todos gostam né?! Fiquei orgulhoso em saber que o “Rei” conquistou pela segunda vez consecutiva uma estrela no ‘Rio Botequim’, um caprichado guia que elege os melhores bares da cidade do Rio de Janeiro e alguns do interior. Isso me fez lembrar que certa vez, satirizando uma telenovela, escrevi aqui que o Leblon era menor que Campos Elíseos (bairro central de Resende). O George Godói, certamente o meu leitor mais fiel, esbravejou. Avaliou que eu falava sério. Era brincadeira. É que na novela todo mundo se encontrava no mesmo bar de um hotel do bairro da Zona Sul. 


E eu disse ainda que o Bracarense era menor que o Rei dos Salgadinhos. Tudo chiste. O “Braca” e o “Rei” são bares irmãos e do mesmo tamanho no coração dos seus frequentadores. E ambos são bares classificados e estrelados no ‘Guia Rio Botequim’. Só não sei se o Bracarense é o Rei dos Salgadinhos do Leblon, ou se o Rei dos Salgadinhos é o Bracarense de Resende.


3) Uma boa notícia para os cervejeiros: pesquisadores da Universidade de Chicago, Illinois, descobriram que, homens que bebem cerveja ficam mais inteligentes. Para chegar a essa conclusão, informou o Site do Daily News, os pesquisadores elaboraram um jogo de quebra-cabeça e outras tarefas para desafiar alguns voluntários.


Eles foram divididos em dois grupos: um grupo pode beber cerveja durante a prova. O outro não. O resultado? O grupo que bebeu cerveja resolveu 40% mais problemas que o grupo “sóbrio”. Além disso, aqueles que beberam resolveram os quebra-cabeças em 12 segundos, enquanto os “sóbrios" levaram 15,5 segundos.


Segundo a psicóloga Jeniffer Wiley, o álcool no sangue deixa o grupo menos produtivo em relação a tarefas de trabalho. Já em tarefas criativas, como resolução de problemas, ele teve um resultado superior.  


 

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