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Foto do escritorMarlos Degani

VERDADES E MENTIRAS OU NÃO



Dizem que os paulistas não gostam dos cariocas. Da minha parte, já trabalhei em duas empresas com sede em SP e filiais no Rio, e afirmo: eles têm um pé atrás com a gente. Acham que somos desligados, incompetentes mesmo. Uma vez, ao telefone, com uma analista de SP, que pensando que tinha emudecido o microfone, falava horrores da gente, usava termos pejorativos, e o que você puder imaginar. E eu lá, ouvindo tudinho. Quando retornou para falar comigo, com a voz totalmente mudada: ̶ Entaãããããããããoooo, Marlos...


Um horror...


Mineiro gosta de carioca. Isso eu também sei. E gosta mesmo. Morei um ano em Juiz de fora, a cidade mais carioca de Minas. Pergunte para alguém, lá em Juiz de Fora, qual é o time da pessoa e ela citará algum time aqui do Rio. Nada de Atlético ou Cruzeiro.


Nordestino, então, nem se fala... Gosta muito da gente. Acho que o problema, mesmo, é com os paulistas... Eles que se virem nos trinta. Lembro do ditado que meu pai (que era mineiro), falava: ̶̶ Paulista trabalha, mineiro economiza e carioca gasta. Será?


Mas a minha crônica não tinha muito a ver com isso. Tem a ver, também, com a estranha peculiaridade dos cariocas de imprimirem sua digital em todas as coisas. Nos anos 1980/90, o subúrbio e a Baixada Fluminense viveram uma febre de carrocinhas de cachorro-quente. São Paulo sempre teve essas carrocinhas, e os sanduíches levam salsicha, molho e purê de batatas, com catchup e mostarda ao gosto do cliente, lá no cantinho da barraca. Basicamente isso.


Nessa febre aqui no Rio, as carrocinhas, à medida que cresciam em número, também cresciam suas opções: além do purê, catchup, mostarda e maionese, era comum ter cenoura e beterraba ralados, azeitona, uva passas, ovo de codorna, ervilha, milho, tirinhas de presunto e salaminho, queijo ralado, batata palha, bacon, calabresa em cubinhos, e eu posso jurar para vocês que já vi até feijão nas opções. No final dos anos 1980 e comecinho dos 1990, na ponta do calçadão de Nova Iguaçu, do lado da antiga rodoviária, tinha uma barraquinha que se destacava, pois era toda de inox brilhante, com o dono vestido impecavelmente, à caráter: de dólmã e toque blanche.


Sim, e era uma simpatia. O melhor cachorro-quente da cidade. O único que chegava perto era o da barraquinha em frente à padaria Carinhoso, perto do Corpo de Bombeiros. Um parêntese rápido: não pude deixar de lembrar do tio do angu à baiana, que ficava no calçadão de Nova Iguaçu, quase na esquina com a Nilo Peçanha. O tio do angu era um homenzarrão negro e fazia o tipo rabugento. Mas devagar se soltava com os clientes mais íntimos, e dizia que a filha tinha puxado à sua altura e era jogadora de basquete que defendia a seleção brasileira de base. Ô saudade danada... Há 40 anos atrás, o mundo era bem diferente do atual. Bem, mesmo. Radicalmente diferente.


Interessante é que o mesmo fenômeno acontece hoje em dia com o açaí. São incontáveis as opções das barraquinhas: coberturas e caldas de sabores infinitos, sucrilhos, leite em pó, jujuba, paçoca, marshmallow, canudinho de biscoito, amendoim quebradinho, flocos de arroz, aveia, granola, granulado de chocolate e colorido, bolinhas crocantes e, certamente, mais itens que esqueci de mencionar.


Nasci num hospital que não existe mais, o São Sebastião, ali no Catete. Se tivesse de escolher um lugar para nascer, escolheria mesmo o Rio de Janeiro. Amo o Rio. Tudo nele causa fascinação e não suporto que as pessoas falem mal dele. Especialmente os não cariocas. Mas sei bem que o carioca ultrapassou o limite daquela informalidade e se tornou um povo que joga lixo no chão, que não respeita sinais de trânsito e, muito menos, faixas de pedestre. O Rio está no CTI, mas pode sobreviver. Nós temos o nosso jeito, a nossa digital e autenticidade. Precisamos corrigir o rumo das coisas.


O Rio faz o resto.


 

Arte, Cultura, Economia Criativa




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